Economia

No Japão, Katia Abreu tenta reabrir mercado à carne bovina

Em um encontro com jornalistas, ela explicou que o Brasil obteve várias conquistas na área de defesa animal e países importantes abriram seus mercados


	A ministra da Agricultura Kátia Abreu: "Esperamos não só resgatar o mercado japonês da carne bovina processada, mas também da carne in natura"
 (Valter Campanato/ABr)

A ministra da Agricultura Kátia Abreu: "Esperamos não só resgatar o mercado japonês da carne bovina processada, mas também da carne in natura" (Valter Campanato/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2015 às 14h36.

Tóquio - A ministra da Agricultura, Katia Abreu, afirmou nesta segunda-feira em Tóquio que o Brasil trabalha para que o Japão libere a importação da carne bovina e para conseguir um acordo de livre-comércio com o país.

Em um encontro com jornalistas, ela, que participa de uma visita oficial ao Japão desde sexta-feira, explicou que o Brasil obteve várias conquistas na área de defesa animal e países importantes, como China, Estados Unidos e Argentina, abriram seus mercados à carne bovina brasileira.

"Agora falta o Japão", disse ela, ao destacar que Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram reconhecidos pela OIE como zonas livres de peste suína clássica.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff já tinha anunciado a abertura do mercado americano à carne de boi do Brasil, que começará com uma parcela de 64 mil toneladas a partir de setembro.

Segundo Katia Abreu, o Japão está na fase final para suspender o embargo sobre a carne brasileira, imposto em dezembro de 2012. Além disso, Brasil procura que o governo japonês autorize pela primeira vez a importação de carne bovina in natura.

"Esperamos não só resgatar o mercado japonês da carne bovina processada, mas também da carne in natura", afirmou a ministra.

Durante sua visita, que termina amanhã, a ministra se reuniu com o ministro da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão, Yoshimasa Hayashi, o presidente da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), Toshiyuki Kuroyanagi, e o diretor-executivo do Banco Japonês de Cooperação Internacional (JBIC), Koichi Yajima.

Outros aspectos que o Brasil procura conquistar em suas relações bilaterais com o Japão é a assinatura de um acordo de livre-comércio e o incentivo aos investimentos no setor agrário na região da fronteira agrícola conhecida como de Matopiba, território abrange mais de 300 municípios de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Katia Abreu explicou que o país pretende ainda iniciar um projeto para desenvolver os serviços meteorológicos brasileiros com a cooperação do Japão, pioneiro nesta área.

"O Brasil tem que ter um dos melhores serviços de meteorologia do mundo. É fundamental para a agricultura do país, já que as previsões precisas ajudam a melhorar a produtividade do campo", justificou a ministra. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaComércioIndústriaJapãoMinistério da Agricultura e PecuáriaPaíses ricos

Mais de Economia

PF faz busca e apreensão em investigação contra fraudes no INSS em descontos de aposentadorias

Governo estuda 'janela de oportunidade' para nova emissão de títulos verdes, diz Dario Durigan

Trump diz que Fed deve reduzir os juros como Europa e China já fizeram

INSS vai corrigir descontos pela inflação antes de reembolso; órgão busca parceiras com Correios