Economia

O que o JPMorgan espera das principais economias até 2013

Relatório estima crescimento de 1,7% para o PIB do Brasil neste ano

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2012 às 06h12.

São Paulo – Crise da zona do euro, desaceleração do crescimento econômico global e risco de inflação são alguns dos pontos que os economistas do JPMorgan destacaram em um relatório de análise sobre o cenário econômico mundial.

No documento, eles projetam que os países desenvolvidos devem ter um crescimento de 1,2% na economia neste ano e de 1,3% no ano que vem. Para os mercados emergentes, a expectativa é de expansão de 5,3% na economia deste ano e de 4,7% no ano que vem.

Confira as projeções do JPMorgan para Brasil, Estados Unidos, Europa e China.

Brasil

Desempenho do PIB em 2012: 1,7%
Desempenho do PIB em 2013: 4,1%

Os economistas do JPMorgan acreditam que o país continua lutando para tentar “arrancar” seu PIB, mas sem muito sucesso. Eles destacam que os números mais recentes da produção industrial e os sinais de que o setor de serviços possa estar desacelerando aumentam os riscos para as projeções de crescimento do PIB brasileiro no segundo trimestre.

Eles destacam também que a projeção de que o PIB aceleraria o crescimento no terceiro trimestre também está em risco com os dados recentes, que apontam falta de dinamismo nos setores que não recebem benefícios e incentivos diretos do governo.

Mesmo assim, eles mantiveram as projeções para o PIB com base no mercado de trabalho robusto e possíveis melhoras futuras no crédito. O crescimento estimado pelo JPMorgan para a economia do Brasil é menor do que aponta o relatório Focus mais recente divulgado pelo Banco Central e menor que estimativas como a do Citi.

Os economistas destacam também que o país está sujeito a um risco que assola a América Latina, que é de uma inflação mais forte com os preços de produtos agrícolas. Recentemente, os economistas do Credit Suisse no Brasil alertaram para o mesmo risco.


Estados Unidos

Desempenho do PIB em 2012: 2,2%
Desempenho do PIB em 2013: 2%

No cenário americano, os economistas do JPMorgan destacam os dados mais recentes de emprego. Em julho, foram criados 163 mil postos de trabalho fora do setor agrícola, segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Apesar do bom dado, o documento apontou um aumento da taxa de desemprego de 8,2% em junho.

Os economistas destacam que existe a expectativa de que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, anuncie em setembro uma nova rodada de larga escala de compra de ativos.

Europa

Desempenho do PIB em 2012 (zona do euro): -0,5%
Desempenho do PIB em 2013 (zona do euro): 0,1%

Na semana passada, o mercado aguardava que o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, anunciasse novas medidas para fomentar a economia da zona do euro. Mas, como lembram os economistas do JPMorgan, não foi anunciado nada de concreto e o BCE informou apenas algumas novas diretrizes de como tratará alguns temas da economia de agora em diante.

Algumas economias no centro da crise merecem destaque nas projeções do JPMorgan. Para a Espanha, a expectativa é que o PIB encolha 1,3% neste ano e 0,9% em 2013. Já na Itália, a projeção é de uma economia crescendo 2,2% menos neste ano e caindo mais 1% em 2013.

Para a Alemanha, a expectativa é de que o PIB cresça 0,9% neste ano e 1,1% em 2013.

China

Desempenho do PIB em 2012: 7,7%
Desempenho do PIB em 2013: 8,5%

Para a China, os economistas destacam a possibilidade de alguma melhora no cenário econômico nesta segunda metade do ano. Eles destacam que essa semana é de importantes indicadores para o país, como inflação, produção industrial e vendas no varejo.

Acompanhe tudo sobre:bancos-de-investimentoeconomia-brasileiraEmpresasEmpresas americanasJPMorgan

Mais de Economia

Comissão do Senado aprova projeto que amplia isenção de IR para quem ganha até dois salários

Após tarifaço, déficit comercial dos EUA cai em junho com a queda das importações

Em meio ao tarifaço dos EUA, Haddad diz que governo dará atenção especial a setores vulneráveis

Crediário ganha o mundo: parcelamento sem juros vira aposta bilionária de fintechs e bancos