Economia

ONS reduz previsão de energia armazenada em 2 regiões

O Operador Nacional do Sistema Elétrico reduziu de 33,9% para 33,3% a previsão


	Vista do coletor de água no sistema de abastecimento de água da Cantareira
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Vista do coletor de água no sistema de abastecimento de água da Cantareira (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 14h46.

São Paulo - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu de 33,9% para 33,3% a previsão do nível de armazenamento operativo dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste ao final de julho. Esta é a primeira revisão semanal do Programa Mensal de Operação (PMO) para o mês em curso.

O último número estimado para o final de junho apontava energia armazenada equivalente a 36,1% da capacidade da região, o que indica uma retração nos níveis de armazenamento condizente com o período de seca na região.

A revisão para baixo na última semana é consequência da expectativa menos favorável para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste no decorrer do período.

"As vazões naturais previstas para a próxima semana apresentam-se em recessão em relação às verificadas na semana em curso. A previsão é de ocorrência de chuva fraca isolada na bacia do rio Paranapanema e no trecho incremental à usina Itaipu, devido à passagem de uma frente fria", destaca documento divulgado pelo ONS com data de sexta-feira passada.

A projeção do operador sugere que o valor previsto de Energia Natural Afluente (ENA) para esta semana, em relação à média de longo termo, será de 77% da média de longo termo (MLT), termo utilizado para comparar a previsão à energia gerada em condições hídricas históricas.

Dada essa previsão, o ONS estima que seja armazenável 76% da MLT. O conceito de ENA significa que a água que corre pelo leito dos rios e é transformada em energia.

A visão em relação aos reservatórios da região Sul também foi ajustada para baixo, de 97,6% para 96,7%, mas ainda em patamares elevados.

"A previsão é de que a atuação de uma frente fria associada a áreas de instabilidade ocasione chuva fraca a moderada nas bacias dos rios Jacuí e Uruguai e fraca nas bacias dos rios Iguaçu e Paranapanema", explica o ONS em outro documento semanal.

Ainda que o número tenha sido revisado para baixo, o operador destaca que a previsão das afluências para o mês de julho indica valores "bem acima da média histórica" no subsistema Sul, em contraste aos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Nordeste, onde o número deve ficar abaixo desta média.

As estimativas do ONS para a região Nordeste foram mantidas em 31,5%, em linha com a expectativa de manutenção das vazões naturais previstas para esta semana. Na região Norte, a estimativa da última semana foi elevada de 90,4% para 90,8%.

O ONS destaca em documento, o qual abrange o período de 7 a 11 de julho, que a previsão de vazões estabeleceu uma elevação no cálculo de Custos Marginais de Operação (CMO). O CMO médio semanal passou de R$ 340,85/MWh para R$ 546,69/MWh nas regiões SE/CO, NE e N, e de R$ 0,00/MWh para R$ 351,99/MWh na região Sul.

Carga

O operador prevê números de carga de energia mais elevados para o mês de julho. No subsistema SE/CO, o número estimado é de 36.789 MW médios, o que representa incremento de 1,9% em relação ao número verificado em junho. A estimativa para a região Sul está em 10.661 MW médios, acréscimo de 2,8% em igual base comparativa.

Os números estimados para as regiões Nordeste e Norte estão em 9.345 MW médios e 4.986 MW médios, respectivamente, uma expansão de 1,3% e uma retração de 0,7% em relação aos números de junho.

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