Economia

Otimismo de consumidor sobe, mas indicador de endividamento piora

Apesar da melhora, o índice está 3,9% abaixo de sua média histórica, que é de 108,7 pontos

Consumidora: na comparação com fevereiro do ano passado, a alta é de 5,8% (Dado Galdieri/Bloomberg)

Consumidora: na comparação com fevereiro do ano passado, a alta é de 5,8% (Dado Galdieri/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 12h01.

Brasília - O otimismo dos consumidores brasileiros continuou subindo no mês de fevereiro, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) subiu 0,6% em relação a janeiro, para 104,4 pontos. Já na comparação com fevereiro do ano passado, a alta é de 5,8%.

Apesar da melhora, o índice está 3,9% abaixo de sua média histórica, que é de 108,7 pontos. Essa dificuldade em recuperar patamares anteriores pode ser explicada pelo comportamento dos índices de endividamento, renda própria e situação financeira, que continuaram piorando a despeito do maior otimismo com outros fatores, como evolução do emprego e da inflação.

"Isso indica que, apesar do otimismo em relação aos preços e ao emprego, os brasileiros estão mais endividados e pouco confiantes de que sua renda e sua situação financeira irão melhorar", observa a CNI.

A pesquisa da CNI mostra que as expectativas para endividamento, renda própria e situação financeira até melhoraram em relação ao ano passado, mas pioraram na comparação com janeiro de 2017.

As quedas mensais foram de 3,4% no endividamento, 1,7% na renda pessoal e 1,4% na situação financeira.

Com isso, o resultado positivo de fevereiro ante janeiro foi determinado pelo maior otimismo em relação a compras de bens de maior valor (3,6%), inflação (3,0%) e emprego (2,2%).

No caso de inflação e emprego, as expectativas favoráveis são ainda mais notáveis comparadas a fevereiro de 2016. No caso de índices de preços, a alta na confiança subiu 16%, enquanto a do emprego avançou 6,4% ante igual mês do ano passado.

Para a realização da pesquisa, foram ouvidas 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 16 e 20 de fevereiro.

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