Economia

Paraguai ainda não aceitou presença da Venezuela no Mercosul

O chanceler disse que seus sócios Argentina, Brasil e Uruguai não convidaram o país para a cúpula de presidentes em Montevidéu


	Bandeiras do Mercosul: a Aliança do Pacífico aceitou o Paraguai como sócio observador na última cúpula de Cali, na semana passada.
 (Norberto Duarte/AFP)

Bandeiras do Mercosul: a Aliança do Pacífico aceitou o Paraguai como sócio observador na última cúpula de Cali, na semana passada. (Norberto Duarte/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 16h44.

Assunção - O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Félix Fernández, disse, nesta segunda-feira, que o país não aceitou até agora a presença de Venezuela no Mercosul, e que é necessária a aprovação pelo Senado para que isso aconteça e seu país volte ao bloco, como é "de direito".

O chanceler disse que seus sócios Argentina, Brasil e Uruguai - que suspenderam o Paraguai em junho em represália pela destituição pelo Congresso do presidente esquerdista Fernando Lugo - não convidaram o país para a cúpula de presidentes em Montevidéu, no final de junho.

Fernández disse, contudo, que o novo Senado que assumirá no dia 1º de julho pode revisar o pedido de adesão da Venezuela ao bloco regional.

"Queremos voltar ao Mercosul como nos é de direito", manifestou.

"Se houvesse agora uma resolução para discutir o texto (de adesão da Venezuela) a enviaríamos. Respeitamos o poder Legislativo. Partimos da base que a Venezuela não é membro até que o Paraguai esteja de acordo. A posição paraguaia é clara. Não aceitou (até agora) a entrada da Venezuela", explicou.

O ministro paraguaio disse que o governo buscará concretizar acordos de livre comércio com os países integrantes da Aliança Pacífico (Chile, Peru, Colômbia e México) enquanto estiver suspenso do Mercosul.

"Houve avanços, especialmente com o México e ficará nas mãos do próximo governo aprofundar as negociações", afirmou.

A Aliança do Pacífico aceitou o Paraguai como sócio observador na última cúpula de Cali, na semana passada.

O presidente eleito de Paraguai, Horacio Cartes, assumirá no dia 15 de agosto e manifestou seu interesse em que pôr fim à suspensão imposta ao país pelos outros três sócios do bloco.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaMercosulParaguaiVenezuela

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron