Economia

Parlamento alemão dá apoio a resgate do Chipre

Resgate de € 10 bilhões deve evitar a falência da pequena ilha e mantê-la na zona do euro

Membros da câmara baixa do parlamento alemão depositam seus votos sobre aprovação do resgate financeiro para o Chipre (Fabrizio Bensch/Reuters)

Membros da câmara baixa do parlamento alemão depositam seus votos sobre aprovação do resgate financeiro para o Chipre (Fabrizio Bensch/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2013 às 10h29.

Berlim - A Câmara da Alemanha votou em grande maioria nesta quinta-feira para conceder ao Chipre um resgate de 10 bilhões de euros designado para evitar a falência da pequena ilha do Mediterrâneo e mantê-la na zona do euro.

Dos 602 parlamentares no Bundestag, 487 foram a favor do resgate, sob o qual o Chipre concordou em impor grandes perdas aos depositantes, fechar seu segundo maior banco e aumentar seu imposto corporativo.

Separadamente, os parlamentares alemães também apoiaram ampliações de sete anos dos empréstimos para Portugal e Irlanda.

A votação sobre o Chipre não estava em dúvida, dado o amplo suporte da coalizão de centro-direita da chanceler alemã, Angela Merkel, e de muitos parlamentares de oposição dos partidos Social Democrata e Verdes.

Entretanto, notícias inesperadas na quarta-feira de que o Parlamento cipriota também deve votar sobre o acordo gerou uma nova incerteza em relação ao destino do resgate.

Antes da votação, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, alertou os parlamentares que uma falha em oferecer auxílio ao Chipre desencadearia um contágio no bloco das 17 nações de moeda única.

"Pouco a pouco, nós estamos recuperando a confiança. Se você observar os mercados, ainda há nervosismo e incerteza. Mas é consideravelmente menos do que há três, dois ou um ano atrás" disse Schaeuble em discurso.

Respondendo a Schaeuble, o líder do partido de centro-esquerda Social Democrata no Parlamento, Frank-Walter Steinmeier, disse que o partido dele irá apoiar o resgate, mas atacou o governo por ter inicialmente defendido um plano que afetaria pequenos poupadores nos bancos cipriotas.

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