Economia

Petróleo toca US$70 o barril em meio a troca de ameaças entre Trump e Irã

Oriente Médio é responsável por quase metade da produção mundial de petróleo

Petróleo: ganhos somaram-se à alta de mais de 3% na sexta-feira (Christian Hartmann/Reuters)

Petróleo: ganhos somaram-se à alta de mais de 3% na sexta-feira (Christian Hartmann/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de janeiro de 2020 às 09h22.

Londres — Os contratos futuros do petróleo subiam mais de 1% nesta segunda-feira, com o Brent chegando a tocar 70 dólares o barril, em meio a uma escalada retórica entre Estados Unidos, Irã e Iraque que agravava tensões no Oriente Médio após um ataque aéreo dos EUA que matou um importante general iraniano.

O petróleo Brent subia 1,09 dólar, ou 1,59%, a 69,69 dólares por barril, às 8:47 (horário de Brasília).

Mais cedo, o Brent chegou a tocar uma máxima de 70,74 o barril.O petróleo dos Estados Unidos avançava 0,81 dólar, ou 1,28%, a 63,86 dólares por barril.

Os ganhos somaram-se à alta de mais de 3% na sexta-feira, depois que um ataque aéreo dos EUA no Iraque matou o general iraniano Qassem Soleimani, aumentando as preocupações sobre uma escalada nos conflitos no Oriente Médio e o possível impacto das tensões sobre o fornecimento de petróleo.

A região é responsável por quase metade da produção mundial de petróleo, enquanto um quinto dos embarques mundiais da commodity passa pelo Estreito de Ormuz.

No domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor sanções ao Iraque, o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), caso as tropas dos EUA sejam forçadas a se retirar do país.

O governo do Iraque pediu anteriormente aos EUA e outras tropas estrangeiras que deixassem o país.

Trump também disse que os Estados Unidos vão retaliar o Irã caso Teerã contra-ataque em resposta à morte de Soleimani.

"A situação traz muita incerteza e exige uma leitura geopolítica das reações. Embora o fechamento do Estreito de Ormuz siga um evento bastante improvável, a deterioração (da situação) no Iraque representa riscos à oferta", disse o chefe da área econômica do banco suíço Julius Baer, Norbert Rucker.

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