Economia

Piora confiança de empresário varejista, diz CNC

O índice recuou 2,5% na comparação com janeiro,


	Varejo: quatro em cada cinco empresários do setor (79,8%) consideraram que a economia piorou
 (Getty Images)

Varejo: quatro em cada cinco empresários do setor (79,8%) consideraram que a economia piorou (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2015 às 11h49.

Rio - O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) renovou o piso histórico em fevereiro. O índice recuou 2,5% na comparação com janeiro, já descontados efeitos sazonais, atingindo 100,6 pontos.

Além de registrar a sétima queda consecutiva, o resultado mostra a confiança dos empresários mais próxima da zona negativa, abaixo de 100 pontos.

Ao todo, oito dos nove componentes que medem a confiança dos empresários chegaram ao seu menor patamar na série, iniciada em março de 2011, incluindo as avaliações sobre a economia, as expectativas para o setor e a previsão de investimentos.

Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira, 5, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, serviços e Turismo (CNC).

Na comparação com fevereiro de 2014, o Icec recuou 14,6%. A avaliação do setor com relação às condições correntes da economia foi o que mais pesou para este resultado.

No mês passado, quatro em cada cinco empresários do setor (79,8%) consideraram que a economia piorou.

A apuração da pesquisa também indica que os empresários do comércio devem investir menos. Para 47,1% dos entrevistados, o realinhamento do setor ao menor ritmo de crescimento das vendas implica menos contratações.

"A menor expectativa em relação ao crescimento real da receita do setor, a elevação dos gastos a partir dos reajustes de tarifas públicas e o encarecimento do crédito deverão levar os empresários a ações mais cautelosas ao longo do ano", afirmou o economista da CNC Fabio Bentes, em nota.

A expectativa da CNC para a criação de vagas no varejo em 2015 aponta para a geração de 110 mil postos de trabalho no setor, 23% a menos do que o total de vagas geradas no ano passado (144 mil).

A desaceleração do mercado de trabalho, o encarecimento do crédito e a inflação ainda elevada levaram a CNC a revisar a previsão de vendas do crescimento do volume de vendas de 2,4% para 1,7% ao final de 2015.

Confirmada a projeção, esse seria o pior resultado dos últimos 12 anos. Em 2003, o volume de vendas do varejo caiu 3,7%.

Acompanhe tudo sobre:ComércioConfiançaVarejo

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron