Economia

Portugal discute com troika novas medidas de austeridade

A equipe de técnicos do FMI, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu reiniciou a sétima avaliação das finanças de Portugal com uma revisão extraordinária


	A missão internacional chegou discretamente a Lisboa, sem que seus porta-vozes tenham feito qualquer comentário, apesar da grande expectativa nacional
 (Milos Bicanski/Getty Images)

A missão internacional chegou discretamente a Lisboa, sem que seus porta-vozes tenham feito qualquer comentário, apesar da grande expectativa nacional (Milos Bicanski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2013 às 07h57.

Lisboa - O Governo português iniciou nesta terça-feira com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) a discussão das novas medidas de austeridade que o país aplicará para substituir as que foram anuladas há dez dias pelo Tribunal Constitucional.

A equipe de técnicos do FMI, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu - conhecidos como a troika - reiniciou a sétima avaliação das finanças de Portugal com uma revisão extraordinária da qual depende o desbloqueio de outra parcela de sua ajuda e uma extensão dos prazos de devolução do resgate.

A missão internacional chegou discretamente a Lisboa, sem que seus porta-vozes tenham feito qualquer comentário, apesar da grande expectativa nacional, e celebrou a primeira reunião com as autoridades econômicas portuguesas no Ministério das Finanças.

Seu objetivo é determinar se Portugal tem margem para cumprir os limites de déficit público exigidos pelo resgate após a decisão judicial que proibiu a suspensão de um pagamento anual a funcionários públicos e aposentados e cortes dos seguros para doença e desemprego, o que totalizava 1,3 bilhão de euros.

A sétima avaliação da troika já fora aprovada em março, quando decidiu suavizar a meta do déficit de Portugal para 2013, passando de 4,5% para 5,5%, perante a falta de crescimento econômico e o aumento do desemprego no país.

Da análise dessa missão depende o desbloqueio de 2 bilhões de euros do resgate de Portugal e a ampliação em sete anos dos prazos para a devolução dos fundos da ajuda externa, que totaliza 78 bilhões e foi concedida em maio de 2011.

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