Economia

Presidente da Alemanha pede liberação da ajuda para a Grécia

Berlim - O presidente da Alemanha, Horst Köhler, pediu hoje que a ajuda europeia para salvar a Grécia da quebra seja ativada e atacou duramente os especuladores internacionais. "A Alemanha tem que fazer sua contribuição à estabilização da Grécia para o seu próprio interesse", disse Köhler, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), em discurso pronunciado […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2010 às 08h38.

Berlim - O presidente da Alemanha, Horst Köhler, pediu hoje que a ajuda europeia para salvar a Grécia da quebra seja ativada e atacou duramente os especuladores internacionais.

"A Alemanha tem que fazer sua contribuição à estabilização da Grécia para o seu próprio interesse", disse Köhler, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), em discurso pronunciado em um fórum econômico em Munique (sul da Alemanha).

Segundo o líder alemão, a Grécia espera a ajuda para depois poder sair da crise por seus próprios meios.

O Governo alemão se mostrou disposto a ativar a ajuda à Grécia com a condição de que este país chegue primeiro a um acordo com o FMI para um plano de ajuste.

Caso esse acordo seja fechado esta semana, a chanceler alemã, Angela Merkel, e seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, disseram que na segunda-feira seria aprovado um projeto de lei no Conselho de Ministros que poderia passar depois todo o trâmite o parlamentar no curso da semana.

O plano de ajuda à Grécia proposto pelos políticos alemães contempla créditos anuais com avais estatais no valor de US$ 45 bilhões de euros, 30 bilhões dos quais seriam proporcionados pelos países da Eurozona e o resto pelo FMI.

No entanto, esse número parece ser só o começo da ajuda que a Grécia necessita que, segundo o ministro da Economia alemão, Rainer Bruderle, chegaria a 135 bilhões de euros.

Em seu discurso, Köhler atacou os especuladores que, segundo ele, deram à crise uma estrutura inaceitável.

"A crise atual segue um modelo que não é aceitável", disse Köhler, que denunciou que "uns poucos estão levando os lucros e a sociedade tem que pagar".

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaCrise gregaDívida públicaEuropaGréciaPaíses ricosPiigs

Mais de Economia

Em derrota do governo, Câmara aprova urgência do projeto que derruba decreto do IOF

Brasil sobe quatro posições em ranking global de competitividade, mas segue entre piores posições

Dinheiro 'sumiu'? Clientes relatam instabilidade na Caixa em dia de pagamento do Bolsa Família