Economia

PT diz que não se pode baixar guarda contra superávits

Diretório Nacional defendeu a política econômica da presidente Dilma Rousseff e fez um alerta em relação às taxas de juros


	Consumidora escolhe tomates em feira: cúpula do PT acusa as oposições de fazerem "terrorismo" ao apontar descontrole da inflação
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Consumidora escolhe tomates em feira: cúpula do PT acusa as oposições de fazerem "terrorismo" ao apontar descontrole da inflação (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 20h26.

São Paulo - O Diretório Nacional do PT defendeu, nesta segunda-feira, a política econômica da presidente Dilma Rousseff e fez um alerta em relação às taxas de juros e à "obsessão" por resultados primários que comprometem a distribuição de renda e o emprego, além de se manifestar contra a independência do Banco Central.

Em nota, a cúpula do PT acusa as oposições de fazerem "terrorismo" ao apontar descontrole da inflação e convoca a militância petista a defender o governo Dilma.

"É nosso papel combater o discurso e as falácias da oposição a respeito da economia, da política econômica e da ação governamental, sem deixar de manifestar nossa rejeição a propostas como a da independência do Banco Central, rapidamente descartada pela presidenta", afirma o documento.

"Da mesma maneira, é preciso não baixar a guarda com relação às taxas de juros, bem como a obsessão por superávits primários que sacrifiquem as políticas de distribuição de renda e geração de empregos." Recentemente a ideia de independência formal do Banco Central foi ressuscitada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que chegou a afirmar que colocaria projeto sobre o assunto em votação até o fim do ano.

Renan recuou da ideia depois que o governo e líderes da oposição, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável candidato tucano à Presidência no ano que vem, manifestarem rejeição à proposta.

A nota petista ataque também a aliança entre o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva, classificada como "recente articulação pretensamente de terceira via".

"Vale tudo para tentar barrar a reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Esta tem sido a estratégia e a palavra de ordem da oposição", afirma a nota.

"Contam a seu favor neste momento com a ação orquestrada da mídia monopolizada, bem como a simpatia de setores do grande capital, de altos funcionários do aparelho Judicial e do Ministério Público", acrescenta o documento.

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