Economia

Queda da economia e dólar reduzem déficit de contas externas

De acordo com dados do Banco Central, o déficit em transações correntes chegou a US$ 4,817 bilhões, em janeiro


	Contas externas: “O menor ritmo de atividade econômica implica menor demanda por bens e serviços no exterior"
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Contas externas: “O menor ritmo de atividade econômica implica menor demanda por bens e serviços no exterior" (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 12h32.

A queda da atividade econômica e a alta do dólar reduziram a demanda por bens e serviços do exterior. Com isso, o saldo negativo das transações correntes caiu neste início do ano.

De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (23), o déficit em transações correntes – compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo – chegou a US$ 4,817 bilhões, em janeiro, o menor resultado da série iniciada em 2010.

“O menor ritmo de atividade econômica implica menor demanda por bens e serviços no exterior. E a desvalorização cambial significa aumento de custo de bens e serviços no exterior”, disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

Maciel destacou que, ao mesmo tempo em que há redução no déficit em transações correntes, o investimento estrangeiro no setor produtivo do país segue “em níveis historicamente elevados”.

“[Isso ocorre] em uma margem significativa de investimento direto, mais do que suficiente para financiar integralmente o déficit em transações correntes”, acrescentou.

De acordo com Maciel, mesmo em momento de crise política e econômica, há continuidade da entrada de investimentos no país.

Segundo ele, um dos motivos que explica essa entrada de recursos no país é o dólar mais caro, o que torna os preços de ativos brasileiros atrativos para os investidores estrangeiros.

Além disso, ele destacou que esses investimentos são de médio e longo prazos. “Somos um país com mercado robusto, com 200 milhões de consumidores.

A continuidade de afluxo reflete uma visão do investimento estrangeiro de prazo mais longo”, enfatizou.

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