Economia

Refinarias polêmicas começam a sair do papel

São Paulo - Alvo de críticas severas do mercado, os investimentos bilionários da Petrobras em duas refinarias nos Estados do Ceará e do Maranhão começaram a sair do papel na semana passada, com a contratação dos serviços de terraplenagem de uma das unidades, mas ainda suscitam dúvidas quanto à sua continuidade. Segundo fontes do setor, […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - Alvo de críticas severas do mercado, os investimentos bilionários da Petrobras em duas refinarias nos Estados do Ceará e do Maranhão começaram a sair do papel na semana passada, com a contratação dos serviços de terraplenagem de uma das unidades, mas ainda suscitam dúvidas quanto à sua continuidade. Segundo fontes do setor, a depender do resultado das eleições, o projeto pode ser arquivado.

"Tecnicamente é bastante justificável que o Brasil invista em refinarias, mas por que em tantas e por que justamente naquela região? Isso é uma decisão política que pode ser questionada", comentou o consultor Luiz Henrique Sanches, ex-diretor comercial da refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro, a única de controle privado no Brasil.

A Petrobras argumenta que a opção de investir US$ 32 bilhões nos próximos cinco anos para modernizar suas refinarias e construir mais quatro - em Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará e Maranhão - faz parte da estratégia de agregar valor ao petróleo que será produzido no pré-sal, para depois exportá-lo.

Sobre a escolha do Ceará e do Maranhão, locais em que serão erguidas as sedes das refinarias Premium, dedicadas especificamente a essa função, a estatal argumenta que estariam mais próximas dos mercados europeu e americano. A escolha do Ceará, segundo analisam fontes do setor, no entanto, estaria ligada à proximidade do PT com o PMDB local. Já o Maranhão estaria representado pelo ex-ministro de Minas e Energia do governo Lula, Edison Lobão.

Há também o presidente do Senado, José Sarney, que, dois dias antes da assinatura do contrato para os serviços de terraplenagem da refinaria Premium pela Petrobras, teve encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para pedir a inclusão dos Estados do Maranhão e do Amapá na agenda de campanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia mais notícias sobre a Petrobras

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoPolíticaRegião Nordeste

Mais de Economia

Governo publica norma que suspende todos os acordos entre INSS e associações

Lupi defende fim de desconto automático na folha de aposentados para evitar fraudes

Aneel adia novamente reajuste nas contas de luz da Light após diretoria prolongar análise

Regulação do vale-refeição e do vale-alimentação é de alçada do Ministério do Trabalho, diz Galípolo