Economia

Relatório do BC expõe alta de pedaladas sob Dilma, diz Folha

Valor das pedaladas em relação ao PIB oscilou entre 0,03% e 0,11% do PIB entre 2001 e 2008; a partir de 2009, cresce até chegar a 1% do PIB, diz Folha


	A presidente Dilma Rousseff: dados do BC mostram aumento das pedaladas no seu governo
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

A presidente Dilma Rousseff: dados do BC mostram aumento das pedaladas no seu governo (Antonio Cruz/Agência Brasil)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 6 de abril de 2016 às 11h13.

São Paulo - Dados do Banco Central solicitados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) mostram um aumento expressivo das chamadas "pedaladas fiscais" durante o governo Dilma Rousseff, diz reportagem da Folha de São Paulo publicada hoje.

As "pedaladas", base do pedido de impeachment da presidente, são quando o Tesouro atrasa repasses aos bancos federais para custeio de programas do governo.

A interpretação é que isso configura operação de crédito, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo diz que os atrasos são práticas comuns adotadas no passado por outros governos. 

O que os dados do BC mostram, segundo a Folha, é o aumento deste tipo de operação ao longo do tempo.

No final do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, a conta do Tesouro a ser quitada era de R$ 948 milhões. No final do primeiro governo Dilma, estava em R$ 60 bilhões (pagos em dezembro do ano passado por determinação do TCU).

O governo alega que o aumento está relacionado ao crescimento da economia e do Orçamento no período.

No entanto, os números mostram que o valor das pedaladas em relação ao PIB oscilou entre 0,03% e 0,11% do PIB entre 2001 e 2008; a partir de 2009, cresce continuamente até chegar a 1% do PIB.

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