Economia

Reunião do G20 debaterá riscos e oportunidades da economia

23 ministros, 14 presidentes de bancos centrais e 11 autoridades de organizações internacionais estarão no Centro de Exposições e Convenções em Buenos Aires

G20: para encerrar o encontro, o presidente argentino, Mauricio Macri, pronunciará um discurso (Argentine Presidency/Handout/Reuters)

G20: para encerrar o encontro, o presidente argentino, Mauricio Macri, pronunciará um discurso (Argentine Presidency/Handout/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de julho de 2018 às 20h37.

Buenos Aires - Os ministros de Finanças e os presidentes dos bancos centrais dos países do G20, assim como os dirigentes de organismos como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, se reunirão neste final de semana em Buenos Aires para debater sobre os "riscos e oportunidades" da economia mundial.

Entre os confirmados estão, segundo informaram fontes oficiais, o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin; o ministro de Finanças da China, Liu Kun; o ministro da Fazenda do Reino Unido, Philip Hammond, e o ministro de Finanças da Alemanha, Olaf Scholz.

Também estarão presentes a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde; o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim; o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi; e o secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), José Ángel Gurría.

No total, 23 ministros, 14 presidentes de bancos centrais e 11 autoridades de organizações internacionais passarão pelo Centro de Exposições e Convenções do bairro da Recoleta, naquela que será a terceira reunião do setor econômico em 2018, precedida pelas realizadas em Buenos Aires em março e em Washington em abril.

A agenda começará no sábado com uma coletiva de Lagarde - que hoje se reunirá com o presidente argentino, Mauricio Macri - e o ministro de Fazenda da Argentina, Nicolás Dujovne, que ganha especial interesse depois que no início de maio o governo solicitou um milionário crédito a esse organismo multilateral para enfrentar as consequências da forte queda do peso em relação ao dólar.

Em seguida, e a portas fechadas, começará a cúpula com uma discussão sobre os "riscos e oportunidades" da economia global, que estará seguida por sessões sobre o futuro do trabalho e a infraestrutura para o desenvolvimento, prioridades definidas pela Argentina, que ocupa a presidência anual do grupo.

Ao mesmo tempo, e no meio de um forte dispositivo de segurança, às portas do centro de convenções se espera a concentração de partidos e organizações de esquerda, para expressar sua repulsa ao G20, fórum que representa 85% do produto interno bruto global, dois terços da população mundial e 75% do comércio internacional.

Ao final da primeira jornada, os presentes participarão da cerimônia da foto oficial e de uma atividade recreativa no Centro Cultural Kirchner, onde poderão apreciar uma apresentação de tango.

A reunião continuará no domingo, com quatro sessões de trabalho que versarão principalmente sobre a tecnologia no setor financeiro, o sistema tributário e a inclusão financeira.

Para encerrar o encontro, o presidente argentino, Mauricio Macri, pronunciará um discurso diante dos delegados reunidos.

Os avanços alcançados no encontro, que procura abordar "os temas mais relevantes e urgentes da economia global", serão divulgados à tarde em comunicado e em entrevista coletiva oferecida por Dujovne e o presidente do Banco Central argentino, Luis Caputo.

Além disso, essas conclusões serão enviadas à Cúpula de Líderes - chefes de Estado e de governo - que será realizada no final de novembro também em Buenos Aires.

O G20 é integrado pela União Europeia e 19 países desenvolvidos e emergentes: Brasil, Estados Unidos, Rússia, China, França, Alemanha, Reino Unido, Argentina, Austrália, Canadá, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, República da Coreia, Arábia Saudita, África do Sul e Turquia.

Em Buenos Aires participam também Chile, Países Baixos, Singapura e Suíça, como convidados da Argentina, além da Espanha - representada pela ministra de Economia, Nadia Calviño - que é país convidado permanente.

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