Economia

Saques da poupança em julho superam depósitos em R$ 2,453 bi

Segundo Banco Central, no mês passado os brasileiros retiraram da poupança R$ 2,453 bilhões a mais do que depositaram


	Em julho, os saques na poupança somaram R$ 169,9 bilhões, superando os depósitos, que alcançaram R$ 167,4 bilhões
 (Getty Images)

Em julho, os saques na poupança somaram R$ 169,9 bilhões, superando os depósitos, que alcançaram R$ 167,4 bilhões (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2015 às 15h49.

Brasília - O Banco Central (BC) informou hoje (6) que, em julho, os brasileiros retiraram da poupança R$ 2,453 bilhões a mais do que depositaram.

Foi o pior resultado para o mês desde o início da série histórica do BC, em 1995, e o sétimo resultado negativo consecutivo da poupança este ano. No acumulado do ano, a captação da aplicação está negativa em R$ 40,9 bilhões.

Em julho, os saques na poupança somaram R$ 169,9 bilhões, superando os depósitos, que alcançaram R$ 167,4 bilhões.

O valor total nas contas dos poupadores chegou a R$ 648,24 bilhões. O volume dos rendimentos creditados nas cadernetas dos investidores registrou R$ 4,138 bilhões.

Vários fatores têm contribuído para a fuga de recursos da poupança em 2015. Em primeiro lugar, a alta da Selic (taxa básica de juros da economia) – atualmente em 14,25% ao ano - tornou a poupança menos atraente que outras aplicações.

Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a caderneta é mais vantajosa do que os fundos de investimento apenas quando as aplicações são inferiores a seis meses, apesar de a poupança ser isenta de Imposto de Renda e de taxas de administração.

A alta da inflação também contribuiu para a perda de atratividade da poupança. Nos últimos 12 meses, a caderneta rendeu 7,53%, equivalente à Taxa Referencial mais 6,17% ao ano.

A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, no entanto, está em 8,89%, puxada pela alta de preços administrados, como combustíveis e energia.

O aumento dos preços e do endividamento dos consumidores também diminui a sobra de recursos a ser aplicada na caderneta.

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