Economia

Saúde tem quase 40% de peso na alta do IPC-Fipe

Ao avaliar o indicador geral de inflação no início do mês, Costa Lima destacou a desaceleração do grupo Habitação, com alta de 0,14%, ante 0,25% em abril


	Entre quarta quadrissemana de abril e primeira de maio, grupo saiu de variação de 1,31% para 1,58%, influenciado pelo reajuste de até 6,31% no preço dos medicamentos, autorizado pelo governo
 (Elza Fiúza/ABr via Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Entre quarta quadrissemana de abril e primeira de maio, grupo saiu de variação de 1,31% para 1,58%, influenciado pelo reajuste de até 6,31% no preço dos medicamentos, autorizado pelo governo (Elza Fiúza/ABr via Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 15h26.

São Paulo - O grupo Saúde intensificou, na capital paulista, o ritmo de alta no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Entre a quarta quadrissemana de abril e a primeira de maio, o grupo saiu de uma variação de 1,31% para 1,58%, influenciado pelo reajuste de até 6,31% no preço dos medicamentos, autorizado pelo governo.

"Já são quatro semanas que estamos captando alta dos remédios, mas, na primeira, o impacto foi parcial. Talvez ainda suba mais. Provavelmente, o pico deve acontecer na próxima leitura (segunda)", avaliou o coordenador do IPC da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Rafael Costa Lima, acrescentando que o grupo Saúde teve uma contribuição de 39,14% no IPC da primeira medição de maio.

Ao avaliar o indicador geral de inflação no início do mês, Costa Lima destacou também a desaceleração do grupo Habitação, que registrou alta de 0,14%, ante 0,25% no fechamento de abril.

"Tem um peso grande (da redução) do PIS/Cofins sobre energia elétrica (-1,81%), que veio baixa. Deve continuar caindo. Além disso, já está entrando (no IPC) a redução nas tarifas de telefone", afirmou.

Por outro lado, ressaltou, os preços de roupas e acessórios avançaram 0,30%, de 0,19%, influenciados pela chegada de produtos da nova coleção às lojas, disse o economista.

O grupo Despesas Pessoais também voltou a exercer pressão de alta sobre o IPC da primeira quadrissemana de maio ao ficar com taxa positiva de 0,33%, após recuo de 0,12% no encerramento do mês passado.

Segundo Costa Lima, a mudança de sinal foi puxada pelo aumento nos preços de pacotes de viagem, que subiram 1,63%, ante queda de 2,60%. As tarifas de passagens aéreas, por sua vez, continuaram caindo, mas em menor magnitude. Saíram de declínio de 2,67% no fim de abril, para retração de 1,46% na leitura em questão. "Continuam em queda, mas não traz muito alívio. Também tem a alta de bebidas não alcoólicas (1,83%)", disse.

Quanto ao grupo Transportes, que mostrou variação de 0,30% na primeira quadrissemana, frente a 0,28% no encerramento do mês passado, Costa Lima disse que a taxa foi impulsionada pelos itens automóvel novo (0,85%) e usado (0,55%). "Os preços dos combustíveis não mudaram tanto", disse, referindo-se às variações da gasolina, que saiu de queda de 0,04% para alta de 0,05%, e do etanol (de aumento 0,32% para elevação 0,18%). Parece que a nova safra de cana ainda não começou", avaliou.

Acompanhe tudo sobre:InflaçãoImpostosLeãoSaúde no Brasil

Mais de Economia

Alckmin celebra corte de tarifas dos EUA, mas cobra fim da sobretaxa

Haddad cobra votação de projeto que pune devedor contumaz na Câmara

PIB cresce em todos os estados em 2023; Acre, MS e MT lideram avanço

Número dos que procuram emprego há 2 anos cai 17,8% em 2025, diz IBGE