Economia

Secretário do Tesouro não vê motivo para postergar precatórios

Apesar de pagamento normalmente ser feito no fim do ano, a situação de caixa possibilitou antecipação, afirma secretário Mansueto Almeida

Contas do governo central: de janeiro a março, o déficit foi de R$ 12,980 bilhões (iStock/Thinkstock)

Contas do governo central: de janeiro a março, o déficit foi de R$ 12,980 bilhões (iStock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de abril de 2018 às 15h52.

Brasília - O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, comentou nesta quarta-feira, 25,que o déficit primário de R$ 24,828 bilhões em março se deveu à antecipação do pagamento de precatórios no mês passado.

"Grande parte da diferença em relação a março do ano passado (déficit de R$ 11,231 bilhões) se deve à antecipação de sentenças judiciais e precatórios, no valor de R$ 9,5 bilhões", afirmou. "Normalmente isso era feito no fim do ano, mas não há motivo para postergar o pagamento, já que não há insuficiência de caixa", completou.

Almeida adiantou que neste mês também haverá antecipação desse tipo de pagamento, em torno de R$ 10 bilhões. "Essa despesa que é líquida e certa será sempre paga entre março e abril de todos os anos, como era de praxe. Com isso ganhamos maior previsibilidade do fluxo de obrigações que o Tesouro terá que cumprir", acrescentou.

O secretário alegou ainda que, sem essa antecipação de pagamentos, o resultado primário do primeiro trimestre neste ano seria 80% melhor que o do mesmo período do ano passado. De janeiro a março, o déficit nas contas do governo central foi de R$ 12,980 bilhões.

"A arrecadação teve um comportamento muito bom em janeiro e fevereiro, e mesmo a arrecadação de março teve um crescimento bom, de quase 4%", lembrou. "No ano passado, o governo teve frustrações sucessivas de arrecadação no primeiro semestre. Quando isso acontece no começo do ano, retira recursos da projeção de receitas para o ano. Não é o mesmo caso agora", alegou.

Já do lado da despesa, Mansueto repetiu que o que pressiona os gastos tanto no curto como no longo prazo são as despesas obrigatórias.

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