Economia

Sem impactos extras, arrecadação teria alta de 4,85%

Pelos cálculos da Receita, com as desonerações o governo deixou de arrecadar R$ 70,385 bilhões


	Dinheiro: segundo o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, o efeito positivo das desonerações não está mensurado nessa conta
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Dinheiro: segundo o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, o efeito positivo das desonerações não está mensurado nessa conta (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 15h28.

Brasília - Sem o impacto das receitas extraordinárias ao longo do ano e também das desonerações tributárias, a arrecadação da Receita Federal teria registrado um crescimento real (acima da inflação) de 4,85% até novembro.

O cálculo foi feito pela área de previsão e análise da Receita Federal e leva em conta os fatores extraordinários que influenciaram positivamente a arrecadação e o conjunto de desonerações tributárias que impactaram negativamente as receitas.

Pelos cálculos da Receita, com as desonerações o governo deixou de arrecadar R$ 70,385 bilhões. Por outro lado, os parcelamento de débitos tributários garantiram R$ 20,3 bilhões de receitas extraordinárias.

Em maio, o governo também obteve R$ 4 bilhões de receitas extraordinárias com a tributação sobre a venda de participação societária, entre elas o maior IPO da BB seguridade.

Segundo o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, o efeito positivo das desonerações não está mensurado nessa conta.

Barreto destacou, no entanto, que o impacto positivo ocorre com o aumento da massa salarial e do consumo decorrente das desonerações.

"Significa que houve um incentivo à atividade industrial que promove a arrecadação. Se tem emprego tem mais emprego, tem mais crescimento", ressaltou Barreto.

O coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Raimundo Elói de Carvalho, avaliou que as previsões de desonerações têm se confirmado.

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