Economia

Setor público gastou R$ 56,33 bilhões com juros em fevereiro

O saldo ficou bem acima dos R$ 11,646 bilhões vistos em fevereiro de 2014


	BC: o pagamento de juros somou R$ 74,359 bilhões ou 8,69% do PIB
 (Gregg Newton/Bloomberg)

BC: o pagamento de juros somou R$ 74,359 bilhões ou 8,69% do PIB (Gregg Newton/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 15h07.

Brasília - O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) gastou R$ 56,337 bilhões com pagamento de juros em fevereiro, segundo o Banco Central.

Houve um forte aumento em relação ao gasto de R$ 18,022 bilhões registrado em janeiro.

O saldo também ficou bem acima dos R$ 11,646 bilhões vistos em fevereiro de 2014.

O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve no mês passado um gasto com juros de R$ 48,821 bilhões.

Já os governos regionais registraram despesa com esta conta de R$ 7,072 bilhões, e as empresas estatais tiveram gastos de R$ 444 milhões.

No primeiro bimestre de 2015, o pagamento de juros somou R$ 74,359 bilhões ou 8,69% do Produto Interno Bruto (PIB).

Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, a despesa com o serviço da dívida chegou a R$ 343,694 bilhões ou 6,65% do PIB.

Dívida líquida

A dívida líquida do setor público recuou para 36,3% do PIB em fevereiro ante 36,6% de janeiro. Em dezembro de 2014, estava em 36,8% do PIB e, ao final de 2013, em 33,6 %.

A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou fevereiro em R$ 1,877 trilhão, segundo o BC.

Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 3,386 trilhões, o que representou 65,5% do PIB.

Em janeiro, o saldo da dívida estava em R$ 3,315 trilhões, ou 64,4% do PIB.

Em dezembro de 2014, essa relação estava em 63,5% e, em dezembro de 2013, em 56,7%.

De acordo com o BC, no ano, a relação dívida/PIB recuou 0,4 ponto porcentual devido à desvalorização cambial do período, de 8,4%, o equivalente a -1,3 ponto porcentual.

Também impactaram o resultado o superávit primário (-0,4 ponto porcentual), o efeito do crescimento do PIB nominal (-0,3 ponto porcentual) e a incorporação de juros (+1,4 ponto porcentual).

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralGovernoJurosMercado financeiro

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron