Economia

SP pede adoção de preços iguais para o gás natural

Segundo o governo paulista, ao norte do Rio de Janeiro, o gás está 17% mais barato do que o gás de São Paulo e dos Estados do Sul


	Gás natural: outro pleito do governo de São Paulo, este feito ao governo federal, é referente à elaboração de leilões específicos por fonte energética
 (Divulgação)

Gás natural: outro pleito do governo de São Paulo, este feito ao governo federal, é referente à elaboração de leilões específicos por fonte energética (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 14h26.

São Paulo - O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, revelou nesta segunda-feira, 14, que o governo estadual pediu à Petrobras que adote preços iguais ao gás natural vendido em diferentes regiões do País.

Outro pleito do governo de São Paulo, este feito ao governo federal, é referente à elaboração de leilões específicos por fonte energética, modelo que poderia beneficiar projetos sucroalcooleiros instalados no Estado.

"O gás de São Paulo é, metade dele, (proveniente do) Gasbol, e o Gasbol é bem mais caro que o gás nacional. Do Rio de Janeiro para cima, o gás está 17% mais barato do que o gás de São Paulo e dos Estados do Sul", destacou, referindo-se ao fluido fornecido a partir do gasoduto Bolívia-Brasil. "Estamos pedindo a ela que equipare, que faça um preço único no Brasil", complementou, revelando conversa tida com a presidente da Petrobras, Graça Foster.

Sem relevar qual foi a resposta de Graça ao pedido, Aníbal destacou que a estatal enfrenta dificuldades por não reajustar o preço da gasolina vendida no Brasil. O governo do Estado também tem pedido à administração federal que organize leilões por fontes energéticas e, se possível, por regiões.

Esse modelo mitigaria a atual importância dada aos preços da energia ofertada pelos empreendedores. "Há fontes que possuem externalidades, embora o preço de geração seja um pouco maior que outras", analisou.

Ele comparou projetos sucroenergéticos, que poderiam ser viabilizados em São Paulo, e planos eólicos localizados em outras regiões do País. "Se o preço da biomassa está em R$ 130 por MW (megawatt) e o da eólica está em R$ 105 por MW, a externalidade resolve (essa diferença)", disse. Para fundamentar o raciocínio, Aníbal lembrou que projetos de cogeração em São Paulo teriam excedente de 80% de energia na rede, enquanto há projetos eólicos que registram perdas nas operações de transmissão e custos relacionados à logística de transporte de equipamentos.

Na visão do secretário de Energia do Estado de São Paulo, os representantes da gestão federal, notadamente a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), já estariam "mais sensível" em relação a esse pleito. Aníbal esteve nesta manhã na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para falar sobre o mercado de energia.

Durante a palestra, o secretário de Energia do Estado fez críticas ao modelo de redução da tarifa energética proposto pelo Poder Executivo federal, o qual classificou como "político", destacou as atividades de fiscalização sobre empresas de distribuição de energia com atuação em São Paulo e ressaltou a melhoria dos indicadores de fornecimento de energia no Estado.

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