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Tarifas de energia devem subir 3,5% em 2025 em média, projeta Aneel

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Tarifa de energia: reajuste de 3,5% em 2025, abaixo da inflação (Jesus Hellin/Europa Press/Getty Images)

Tarifa de energia: reajuste de 3,5% em 2025, abaixo da inflação (Jesus Hellin/Europa Press/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 7 de abril de 2025 às 15h02.

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Neste ano, a conta de luz pode ficar mais cara, mas o valor ainda deve ficar abaixo da inflação. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta segunda-feira que as tarifas de energia elétrica devem ter um reajuste médio de 3,5% em todo o país. Esse percentual é inferior às projeções de inflação para o ano que giram em torno de 5,1% no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) e 5,6% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira na primeira edição do InfoTarifa, boletim trimestral que reúne dados, análises e tendências do setor elétrico. Segundo a Aneel, a previsão é que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) conte com R$ 41 bilhões em recursos em 2025, o que pode contribuir para aliviar a pressão sobre as tarifas. A CDE reúne todos os subsídios do setor.

Projeção de reajuste e comparação com a inflação

De acordo com o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, o boletim será atualizado trimestralmente para manter a sociedade informada sobre os processos de reajuste das distribuidoras.

— Nosso objetivo é proporcionar à sociedade previsibilidade e transparência quanto aos impactos no cálculo das tarifas, e a ideia é atualizar esse panorama trimestralmente, à medida que os reajustes das distribuidoras forem deliberados — afirma Feitosa.

Histórico do aumento das tarifas de energia

O boletim mostra que nos últimos 15 anos, as tarifas de energia cresceram em ritmo inferior ao da inflação medida pelo IGP-M e pelo IPCA. No entanto, os encargos setoriais — criados por leis e que compõem parte da conta de luz — aumentaram mais de 250% nesse período.

A parcela destinada à distribuição, conhecida como "parcela B", continua sendo a de menor crescimento entre os componentes da tarifa. Segundo a Aneel, isso se deve a diversas medidas regulatórias que buscam incentivar a eficiência das distribuidoras e, com isso, proteger o consumidor de aumentos excessivos.

Os percentuais exatos de reajuste ainda serão definidos ao longo do ano, conforme o cronograma de revisão tarifária individual de cada distribuidora.

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