Economia

Tarifas devem subir entre 0,6% e 0,9% em reajuste de energia

Esse aumento deve ser repassado nas tarifas no próximo ano para consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste


	Energia elétrica: presidente da Aneel disse que reajuste é o impacto da "bondade" concedida por Lula ao Paraguai pela usina de Itaipu
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Energia elétrica: presidente da Aneel disse que reajuste é o impacto da "bondade" concedida por Lula ao Paraguai pela usina de Itaipu (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2016 às 18h44.

Brasília - O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse nesta terça-feira, 16, que o impacto da "bondade" concedida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Paraguai pela energia cedida da usina de Itaipu deve girar entre 0,6% e 0,9%.

Esse aumento deve ser repassado nas tarifas no próximo ano para consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

"As empresas serão impactadas sutilmente e sensivelmente em patamares diferentes em função de seus mercados, mas deve girar entre 0,6% e 0,9%, ou seja, pouco menos de 1%", afirmou, durante audiência pública no Senado sobre a Medida Provisória 735.

Sete anos após o acordo que triplicou o valor de um dos componentes da tarifa, o governo decidiu livrar o Tesouro Nacional dessa conta e transferi-la integralmente ao consumidor. No dia 23 de junho, o governo publicou a Medida Provisória 735, que transferiu o gasto, que até então era dividido entre governo e consumidor, para as tarifas de energia.

O texto teve efeito retroativo e passou a valer a partir de 1º de janeiro deste ano, mas só deve ser incluído nas tarifas no ano que vem. O Paraguai teria que receber cerca de R$ 900 milhões por ceder seu excedente de energia ao Brasil. Para o ano que vem, as tarifas terão que arrecadar R$ 1,8 bilhão para fazer jus ao pagamento de 2016 e 2017.

O acordo que reajustou o preço da energia de Itaipu foi fechado pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo.

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