Economia

Tereza Cristina evita comentar fim de status de país em desenvolvimento

Mudança facilita a investigação de direito compensatório, que pode punir países que não deixam de aplicar subsídios considerados injustos

Ministra da Agricultura terá que prestar informações a comissão do Senado (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ministra da Agricultura terá que prestar informações a comissão do Senado (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de fevereiro de 2020 às 16h26.

Brasília - A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, evitou há pouco comentar a decisão dos Estados Unidos de retirar o Brasil da lista de nações consideradas em desenvolvimento. A mudança facilita o que se chama de investigação de direito compensatório, que pode punir países que lançam mão de subsídios comerciais considerados injustos.

"Acho que a gente tem de entender por que foi feito isso, dentro de um contexto. Eu ainda não sentei com a equipe para avaliar a medida", disse a ministra após reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília (DF).

Questionada se a decisão não poderia prejudicar a retirada do embargo norte-americano à exportação de carne in natura brasileira, a ministra rebateu. "Por que atrapalharia? Você tem que ter estratégias, e o mercado é um só. Onde tira alguma coisa, você tem outros lugares. É tudo muito dinâmico na área de comércio".

Para evitar o assunto, a ministra exaltou a estimativa de que a safra brasileira de grãos deverá ser recorde e atingir 251,1 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "A grande notícia do dia é que a safra brasileira é recorde", afirmou. Tereza Cristina esteve na FPA para discutir a Medida Provisória (MP) 910, que versa sobre a regularização fundiária no Brasil. Segundo ela, a proposta, mesmo com mais de 500 emendas deve fluir com tranquilidade e será aprovada.

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