Economia

Tesouro pede R$ 3 bi de dividendos do BNDES

Os dividendos dos lucros das estatais deverão adicionar R$ 27 bilhões às receitas do governo até o fim do ano


	Notas de Real: os dividendos serão peça fundamental para o superávit primário
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas/Fotos Públicas)

Notas de Real: os dividendos serão peça fundamental para o superávit primário (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2014 às 09h54.

São Paulo - O Tesouro Nacional pediu ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mais cerca de R$ 3 bilhões em dividendos, para engordar as receitas públicas ainda este mês, segundo fontes do governo. 

Com isso, os valores pagos pelo banco à União chegarão a R$ 7,8 bilhões desde janeiro.

Os dividendos dos lucros das estatais deverão adicionar R$ 27 bilhões às receitas do governo até o fim do ano, nos cálculos do economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria. Serão peça fundamental para o superávit primário, o saldo positivo entre receitas e despesas públicas, sem contar juros.

"Agosto vai vir mais forte em dividendos", disse ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, uma fonte próxima ao Tesouro. Segundo a fonte, que pediu anonimato, agosto é chave porque as contas públicas do quadrimestre serão fechadas e o superávit primário está "muito abaixo" da meta.

Procuradas no fim da tarde, as assessorias do BNDES e do Tesouro não comentaram o pedido de repasse de dividendos. O Estado apurou que o pagamento segue o estatuto do banco e é considerado normal. Os cerca de R$ 3 bilhões referem-se ao exercício deste ano.

No primeiro semestre, o BNDES pagou outros R$ 3,8 bilhões, referentes a outros anos. Em junho, houve pagamento de quase R$ 1 bilhão, a título de juros sobre o capital próprio (JCP), outra forma de distribuir lucros. 

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