Economia

Tombini diz que ritmo de retomada global é incerto

Presidente do BC disse que já é possível ver "uma luz de vela no fim do túnel", mas ressaltou que o ritmo dessa recuperação é "incerto"


	Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: Brasil e outros países emergentes têm como desafio "calibrar suas respostas ao período de transição de saída das políticas monetárias não convencionais" dz Tombini
 (Valter Campanato/ABr)

Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: Brasil e outros países emergentes têm como desafio "calibrar suas respostas ao período de transição de saída das políticas monetárias não convencionais" dz Tombini (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2013 às 10h16.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse em discurso no Chile neste final de semana que emergentes como o Brasil têm como desafio "calibrar suas respostas ao período de transição de saída das políticas monetárias não convencionais" dos países avançados, mantendo, ao mesmo tempo, a estabilidade de preços e financeira, as reformas estruturais e o crescimento. Ao mesmo tempo, Tombini disse que uma combinação de fundamentos fortes e resposta política pragmática contribuíram para deixar "as economias dos mercados emergentes como o Brasil, mais preparadas para uma eventual saída do relaxamento monetário não convencional". Tombini fez discurso durante a 5ª Reunião de Cúpula de Bancos Centrais com Metas de Inflação em Santiago, no Chile, nos dias 15 e 16.

O presidente do BC disse que já é possível ver "uma luz de vela no fim do túnel", referindo-se à retomada da economia mundial, mas ressaltou que o ritmo dessa recuperação é "incerto" e que a normalização das taxas de juros em vários países diante da retomada das principais economias é positiva, mas "cria riscos de transição". "A lição que tiro dos últimos meses é que as autoridades dos mercados emergentes precisam mostrar que estão prontas e capazes de garantir a estabilidade financeira e de preços".

Tombini ressaltou que o processo de normalização das condições monetárias nos mercados globais tem de modo geral "efeito positivo para os emergentes", pois reflete a melhora gradual "da maior economia do mundo", os Estados Unidos. Com essa retomada global e do comércio exterior, segundo ele, os emergentes se "beneficiarão".

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