Economia

Para Trichet, ajuda à Grécia é 'solução executável'

Bruxelas, Bélgica - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, disse ontem à noite que uma ajuda financeira para a Grécia, da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), é uma "solução executável". Trichet também negou ter criticado um acordo com inclusão do FMI. "Disse que qualquer solução deveria vir com […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Bruxelas, Bélgica - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, disse ontem à noite que uma ajuda financeira para a Grécia, da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), é uma "solução executável". Trichet também negou ter criticado um acordo com inclusão do FMI. "Disse que qualquer solução deveria vir com grande responsabilidade dos governos", disse Trichet.

Em entrevista concedida durante o encontro de líderes da União Europeia, em Bruxelas, Trichet disse estar confiante de que a linha de financiamento proposta não precisará ser acessada, uma vez que a confiança dos mercados financeiros na capacidade do governo grego de pagar sua dívida está progressivamente retornando.

"Acredito ser uma solução executável", disse Trichet, acrescentando que "estou confiante de que o mecanismo escolhido não precisará ser ativado e de que a Grécia irá progressivamente reconquistar a confiança do mercado".

O presidente do BCE afirmou ainda que o mecanismo de ajuda União Europeia-FMI proposto para a Grécia não deveria comprometer a independência do BCE ou a responsabilidade dos governos membros da zona do euro. "A independência do banco central é sacrossanta", afirmou. "Eu disse que é importante preservar a responsabilidade dos governos membros da zona do euro", acrescentou.

Em comentários feitos durante entrevista pré-gravada para a rede pública de televisão francesa Public Senat e reproduzidos pela imprensa ontem, Trichet teria dito que "se o FMI, ou outra qualquer instância, exercesse responsabilidade no lugar do grupo do euro, no lugar dos governos, então obviamente seria muito, muito ruim". As informações são da Dow Jones.

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