Economia

Um BNDES enxuto

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem comando novo a partir de hoje. A economista Maria Silvia Marques toma posse como presidente 0 e os trabalhos não serão poucos: ela terá a missão de rever o papel do banco. Com ativos que passam dos 930 bilhões de reais, o BNDES cresceu seis vezes […]

BNDES: nova presidente Maria Silvia Bastos Marques deve mudar o direcionamento do banco / Felipe Varanda

BNDES: nova presidente Maria Silvia Bastos Marques deve mudar o direcionamento do banco / Felipe Varanda

DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2016 às 20h00.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h39.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem comando novo a partir de hoje. A economista Maria Silvia Marques toma posse como presidente 0 e os trabalhos não serão poucos: ela terá a missão de rever o papel do banco.

Com ativos que passam dos 930 bilhões de reais, o BNDES cresceu seis vezes desde 2002, quando o banco passou a ser controlado pelo Partido dos Trabalhadores. Durante esse governo, os desembolsos do banco passaram de 38 bilhões para 190 bilhões de reais entre 2002 e 2013 — quando atingiu seu pico.

Segundo especialistas, Maria Silvia, que já foi presidente da siderúrgica CSN entre 1996 e 2002 e trabalhou no BNDES entre 1991 e 1992, deverá enxugar o banco. “O momento macroeconômico exige um corte e Maria tem capacidade para escolher bem os empréstimos”, diz um executivo.

A devolução antecipada de 100 bilhões de reais do BNDES ao Tesouro, proposta pelo governo Temer, reduz diretamente o tamanho do banco e traz um indicativo de que ele não terá mais o peso que teve nos governos petistas. “É fundamental que incorporemos outros agentes financeiros e que bancos privados entrem nesse processo com financiamentos de longo prazo”, disse Moreira Franco, secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), numa entrevista coletiva.

Maria Silvia deverá trazer para a administração o professor da PUC-Rio Vinicius Carrasco, para ocupar o cargo de diretor de planejamento, e Ricardo Baldin, que até abril era diretor de auditoria interna do Itaú, para a diretoria de controladoria e risco. Ambos são críticos dos empréstimos concedidos pelo banco nos últimos anos — como para frigoríficos e para a companhia de óleo e gás OGX. Daqui pra frente, pequenas e médias empresas devem ganhar prioridade. A ambição do BNDES não estará, necessariamente, no tamanho dos cheques.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron