Economia

Varejo reage com reabertura em SP e vendas têm crescimento de 35,2%

De acordo com a Associação Comercial de São Paulo, há sinais de leve crescimento nas vendas, mas ainda longe de recuperar as perdas

Varejo: setor vê alta nas vendas com reabertura de lojas e comércio em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

Varejo: setor vê alta nas vendas com reabertura de lojas e comércio em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de julho de 2020 às 15h53.

Última atualização em 2 de julho de 2020 às 17h38.

A reabertura de alguns segmentos do comércio desde o dia 10 de junho, após o isolamento social de quase 100 dias na capital paulista, adotado para conter a propagação do novo coronavírus, já reflete positivamente nas vendas do setor. De acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), há sinais de leve crescimento nas vendas, porém ainda longe de recuperar as perdas passadas e as expectativas.

As vendas varejistas à vista em São Paulo subiram 47,3% em junho em relação a maio, enquanto as a prazo cresceram 23%, conforme balanço da ACSP. Com isso, a taxa média das vendas gerais teve alta de 35,2%. O resultado já era esperado, diz Marcel Solimeo, economista da ACSP. Diferentemente da primeira quinzena, quando o comércio teve apenas cinco dias de flexibilização, os últimos 15 dias de junho foram totalmente beneficiados pela reabertura de lojas, explica.

"Mostram que embora a comparação anual indique tombos históricos o confronto mês a mês traz uma perspectiva de retomada", cita a nota.

Na comparação interanual, a queda média no movimento do comércio paulistano foi de 54,9% frente a igual mês de 2019 — pouco menor que o tombo de 67%, registrado em maio. Houve retração de 61,4% nas vendas à vista e declínio de 48,3% nas parceladas em relação a junho de 2019. Pela ordem, as variações negativas acumuladas em 2020 são de 37,7% e de 33,3%. "As vendas ainda estão longe de recuperar o volume esperado, mas já começam a sinalizar alguma melhora."

Na avaliação de Solimeo, as restrições para a abertura, especialmente a redução de horário de funcionamento, prejudica o desempenho do comércio, que tende a melhorar com a entrada de São Paulo na faixa amarela, quando haverá expansão no horário de abertura das lojas para 6 horas.

Por enquanto, ficou determinado para as lojas de rua o horário entre 11 horas e 15 horas. Já os shoppings podem funcionar entre 6 horas e 10 horas ou das 16 horas às 20 horas.

O temor relacionado à pandemia de coronavírus trouxe cautela gerou empobrecimento geral dos consumidores em razão do isolamento, e todos perderam renda, segundo Solimeo. Conforme o economista, o recuo de 54,9% ainda é bastante expressivo, indicando que "o caminho para a recuperação do comércio ainda é muito longo."

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusVarejoVendas

Mais de Economia

Países da Opep decidem aumentar produção de petróleo em junho, diz agência

Novo sistema de arrecadação da reforma tributária entra em fase de testes em junho

Após crise por fraude no INSS, Carlos Lupi entrega cargo de ministro da Previdência

13º do INSS: pagamento para que ganha acima de um salário mínimo começa nesta sexta-feira