Depois de ver suas vendas recuarem por dois meses consecutivos, o comércio varejista voltou a ganhar fôlego e cresceu 2,32% em agosto, em relação a julho. A receita obtida com as vendas também subiu, 2,35%.

Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (17/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos dez setores analisados, cinco apresentaram expansão: móveis e eletrodomésticos (7,70%); tecidos, vestuário e calçados (3,63%); combustíveis e lubrificantes (3,41%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,68%) e veículos, motos, partes e peças (0,54%).

Para a consultoria Tendências, o desempenho superou as expectativas. Apesar disso, a empresa manteve a projeção de crescimento do comercio em 5% este ano.

Na comparação com agosto de 2005, o varejo apresenta crescimento de 6,27%, impulsionado principalmente pelos resultados do setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que expandiu 7,48%, e corresponde a quase metade da taxa global. De acordo com o IBGE, "o desempenho reflete basicamente a melhoria do rendimento médio do trabalho, bem como o aumento do emprego com carteira assinada, de 3,5% e de 5,9%, respectivamente".

Embora participe com menor peso na composição do índice de crescimento, o setor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação contribuiu significativamente para a expansão do comércio varejista, registrando aumento de 26,57% nas vendas em relação a agosto de 2005. Para o IBGE, o resultado decorre da "queda dos preços (principalmente dos produtos de informática) e da melhoria das condições de rendimento da economia".

Apenas o comércio de combustíveis e lubrificantes teve queda nas vendas em agosto, pelo vigésimo mês consecutivo. A redução foi de 6,58% em relação ao mesmo mês de 2005, atribuída à diminuição dos preços nos pontos de venda.

Nos oito primeiros meses de 2006, o varejo acumulou crescimento de 5,3% nas vendas e de 6,96% na receita.