Economia

Vendas internas de veículos novos caem 17% no 1º trimestre

Economista afirma que a queda de 17% nas vendas internas de carros novos no primeiro trimestre é a maior retração para o período dos últimos 15 anos


	Carros: o recuo foi o pior desde o quarto trimestre de 1999, segundo especialista
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Carros: o recuo foi o pior desde o quarto trimestre de 1999, segundo especialista (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2015 às 18h08.

São Paulo - A queda de 17% nas vendas internas de veículos novos nos três primeiros meses de 2015 ante igual período do ano passado é a maior retração para um trimestre, na variação anual, dos últimos 15 anos, destacou o economista Rodrigo Baggi, da Tendências Consultoria Integrada.

Segundo ele, o recuo foi o pior desde o quarto trimestre de 1999, quando os emplacamentos caíram 31% na comparação com igual período do ano anterior.

Conforme divulgou nesta quarta-feira, 1, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, foram vendidos em março 234,6 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, queda de 2,5% ante o mesmo mês de 2014 e alta de 26,1% frente a fevereiro.

Com o resultado, os emplacamentos de veículos novos somaram 674,4 mil unidades no trimestre, quantidade 17% menor do que os 812,7 mil veículos vendidos nos três primeiros meses do ano passado.

O economista lembrou que o resultado de março é historicamente melhor que o de fevereiro e a diferença no número de dias de vendas este ano se deu em razão de fevereiro ser normalmente mais curto e do carnaval.

Em 2014, o carnaval caiu em março, enquanto neste ano foi comemorado em fevereiro. Descontado esses efeitos, Baggi disse que as vendas caíram 2,2% em março ante fevereiro, na série dessazonalizada.

Baggi afirmou que, mesmo com a queda de 17% no trimestre, a Tendências não vai revisar as projeções para 2015. A consultoria espera quedas de 7% na produção e de 10% nas vendas em 2015, terceiro ano seguido de retração do setor.

O economista, no entanto, não descarta números "ainda piores", pois o cenário básico contempla uma "reversão gradativa" do pessimismo das famílias e melhora do ambiente político-econômico.

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