Economia

Vendas reais do varejo caem 7,2% em agosto, diz IDV

O resultado é pior do que a previsão anterior dos associados da entidade, que era de queda de 1,7% nas vendas para agosto


	Varejo: todos os segmentos do varejo tiveram diminuição de vendas em agosto, mas o comércio de bens duráveis foi o que mais colaborou com o resultado negativo do índice
 (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

Varejo: todos os segmentos do varejo tiveram diminuição de vendas em agosto, mas o comércio de bens duráveis foi o que mais colaborou com o resultado negativo do índice (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2015 às 15h47.

São Paulo - As vendas reais do varejo brasileiro caíram 7,2% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) nesta quarta-feira, 30.

O resultado é pior do que a previsão anterior dos associados da entidade, que era de queda de 1,7% nas vendas para agosto.

No acumulado do ano até agosto, o indicador do IDV aponta retração real de 2% nas vendas. "A deterioração dos pilares macroeconômicos que direcionam o consumo tem influenciado diretamente o baixo desempenho do varejo desde o terceiro trimestre do ano passado, com agravamento do cenário em 2015", afirmou em nota Luiza Helena Trajano, presidente do IDV.

Todos os segmentos do varejo tiveram diminuição de vendas em agosto, mas o comércio de bens duráveis foi o que mais colaborou com o resultado negativo do índice. O recuo nas vendas do segmento foi de 9,46% em agosto na comparação anual.

Já o setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, apresentou queda real de 6,4% em agosto.

O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice e perfumaria, apresentou diminuição de 6% nas vendas realizadas em agosto.

Projeções

A entidade divulgou ainda as expectativas dos varejistas para os próximos meses. O Índice Antecedente de Vendas sinaliza continuidade da retração.

A estimativa é de queda de 1,43% em setembro, 1,37% em outubro e 0,91% em novembro na comparação com os respectivos períodos do ano anterior.

Para o varejo de duráveis, a expectativa é de recuo de 2% em setembro, 1,1% em outubro e 0,6% em novembro. Em semiduráveis, os associados do IDV esperam crescimento de 2,3% em setembro, 2,8% em outubro e 1,3% em novembro.

No segmento de não duráveis, as projeções indicam queda de 2,7% em setembro, 3,4% em outubro e 2,1% em novembro, na comparação anual.

O IDV representa 66 empresas varejistas entre as principais redes do País. Entre os associados, estão companhias como Grupo Pão de Açúcar, Lojas Americanas, Lojas Renner e Magazine Luiza.

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