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Brasileiros rejeitam polarização e afirmam não possuir posicionamento político

Dados foram obtidos pela Quaest, em pesquisa recente, e pode ser prelúdio importante às vésperas de ano eleitoral

Apesar da ‘rejeição’, Lula e Bolsonaro têm reforçado seu peso político no atual cenário, e se colocam como postulantes ao Palácio da Alvorada no próximo ano (Leandro Fonseca/Exame)

Apesar da ‘rejeição’, Lula e Bolsonaro têm reforçado seu peso político no atual cenário, e se colocam como postulantes ao Palácio da Alvorada no próximo ano (Leandro Fonseca/Exame)

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Publicado em 12 de abril de 2025 às 00h14.

Na polarização que domina o cenário brasileiro nos últimos anos, muitos brasileiros têm se declarado sem posicionamento político, seja de direita ou esquerda. Ainda que reste mais de um ano para a próxima disputa eleitoral e, consequentemente, seja prematuro identificar uma tendência, esse deve ser um componente importante a ser levado em consideração na definição de alianças antes da campanha de fato se iniciar.

Segundo pesquisa divulgada recentemente pela Quaest, 33% dos entrevistados não se identificam com a liderança exercida pelas figuras políticas do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, ou de Jair Bolsonaro, que foi Chefe do Executivo entre 2019 e 2022, e atualmente está inelegível.

Na atual conjuntura, os rivais têm reafirmado seu peso no cenário político. Enquanto o atual presidente tem se colocado cada vez mais como candidato à reeleição, aumentando suas aparições públicas e tentando enaltecer atos da sua gestão, Bolsonaro reforça publicamente a intenção de se candidatar, ainda que tenha sido condenado à inelegibilidade pela Justiça Eleitoral. Ainda segundo o levantamento da Quaest, 21% dos respondentes opinaram que são de direita, mas não se classificam como bolsonaristas, enquanto 19% afirmaram que são petistas e apoiadores incondicionais de Lula. 

Na pesquisa da Quaest foram contempladas as opiniões de 2.004 pessoas, e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança do levantamento é de 95%.

Cartas na mesa

Na busca por aumentar o número de apoiadores, representantes de direita e esquerda possuem estratégias próprias para este ano, em um debate que deve permanecer ao longo dos próximos meses.

Pelo lado governista, entre as apostas para estancar a queda de popularidade de Lula e chegar a 2026 em uma boa posição junto ao eleitorado para apresentar um balanço positivo desta gestão, está – na área econômica – o bom andamento do projeto que isenta do Imposto de Renda pessoas que ganhem até R$ 5 mil mensais. Uma comissão especial deve analisar o tema a partir do fim deste mês. Presidido pelo deputado federal Rubens Pereira Júnior, que já foi vice-líder do governo na Câmara, o colegiado terá como relator o ex-presidente da Casa, Arthur Lira.

Na direita, a principal pauta, até o momento, é o projeto de lei da anistia para os participantes dos atos de 8 de janeiro, quando as sedes dos Poderes foram invadidas e vandalizadas por manifestantes vestidos de verde e amarelo. Nesta sexta-feira, 11, o líder do PL, deputado Sóstentes Cavalcante, anunciou que conseguiu as assinaturas necessárias para pautar a urgência do projeto em plenário, mas a decisão depende do presidente da Câmara, Hugo Motta.

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