Esfera Brasil

Um conteúdo Esfera Brasil

Congresso deve correr contra o tempo para regulamentar IVA

Mercado de carbono e criação de regras para emendas também estão entre as prioridades para as próximas semanas

Relator Eduardo Braga (MDB-AM) alterou o cronograma de audiências públicas a serem realizadas na CCJ do Senado (Pedro França/Agência Senado/Flickr)

Relator Eduardo Braga (MDB-AM) alterou o cronograma de audiências públicas a serem realizadas na CCJ do Senado (Pedro França/Agência Senado/Flickr)

Esfera Brasil
Esfera Brasil

Plataforma de conteúdo

Publicado em 8 de novembro de 2024 às 13h49.

Restando pouco mais de um mês para o recesso parlamentar, deputados e senadores devem apertar o passo caso sigam com o objetivo de aprovar até o final do ano a regulamentação da reforma tributária. A pauta também é considerada prioritária pela equipe econômica, que vê na adoção do Imposto de Valor Agregado (IVA) uma resposta ao setor produtivo.

Recentemente, o relator Eduardo Braga (MDB-AM) alterou o cronograma de audiências públicas a serem realizadas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sobre o projeto de lei complementar que estabelece as normas para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), o que também deve provocar mudança na data prevista para a apresentação do relatório. Além desse texto, os parlamentares precisam definir a versão final do Comitê Gestor do IBS, aprovado recentemente pela Câmara.

Mercado de carbono

Além dos debates sobre a reforma tributária, o Congresso Nacional também deverá manter o foco em questões como a regulamentação do mercado de créditos de carbono, que tem perspectiva de atrair US$ 120 bilhões em investimentos até 2030.

Prevista para ocorrer nesta semana, a análise do plenário ficou para os próximos dias por decisão do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A proposta, que deve ser debatida concomitantemente à realização da COP29 em Baku, no Azerbaijão, cria um mecanismo de compensação de emissões de poluentes por meio de compra de certificados que incentivem iniciativas com foco na preservação ambiental.

O texto prevê a criação de regras para dois setores do mercado brasileiro de crédito de carbono: o regulado e o voluntário. O primeiro contempla iniciativas que envolvem o setor público, a partir de diretrizes estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, durante a COP3. Nesse caso, caberá a um órgão gestor o trabalho de fiscalização e aplicação de sanções. Juntamente com um comitê técnico consultivo e um outro colegiado de decisão superior, ele deverá administrar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa.

Emendas parlamentares

Na terça-feira, 5, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que espera um consenso sobre a proposta de criar regras para as emendas parlamentares até o final de novembro. Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou substitutivo do relator Elmar Nascimento (União Brasil-BA) que regulamenta regras de transparência para a execução das emendas. Somente com as chamadas transferências especiais, que também ficaram conhecidas como “emendas Pix”, foram gastos R$ 8 bilhões neste ano. Com o aval da Câmara, a matéria foi encaminhada para a análise dos senadores, na Casa Revisora.

Acompanhe tudo sobre:CongressoImpostos

Mais de Esfera Brasil

Operador Nacional de Combustíveis avança no Congresso para aumentar rigor na fiscalização

Novo controle parental do ChatGPT atende exigências da LGPD, diz especialista

MDB mira cenário eleitoral e elabora plano de prioridades para o País

Mais de 1/3 do municípios enfrentam dificuldades para manter estrutura administrativa, diz Firjan