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Golpes virtuais em alta: como identificar armadilhas e proteger seus dados

A engenharia social, que explora emoções como medo e urgência, continua sendo a principal arma dos golpistas

Caso a fraude aconteça, é essencial agir rapidamente: registrar boletim de ocorrência, avisar o banco ou a operadora de cartão para tentar bloquear a transação e notificar a plataforma em que o golpe ocorreu (Kulpreya Chaichatpornsuk/Getty Images)

Caso a fraude aconteça, é essencial agir rapidamente: registrar boletim de ocorrência, avisar o banco ou a operadora de cartão para tentar bloquear a transação e notificar a plataforma em que o golpe ocorreu (Kulpreya Chaichatpornsuk/Getty Images)

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Publicado em 22 de agosto de 2025 às 13h27.

Com a popularização de serviços digitais, redes sociais e compras online, o número de golpes virtuais cresce de forma acelerada no Brasil. Dados do DataSenado mostram que 24% dos brasileiros já foram vítimas de fraudes digitais e perderam dinheiro. De links falsos a mensagens no WhatsApp, simulando promoções incríveis e ofertas de emprego improváveis, os criminosos multiplicam as estratégias para roubar informações pessoais e bancárias.

A engenharia social, que explora emoções como medo e urgência, continua sendo a principal arma dos golpistas. Em muitos casos, a fraude começa com uma mensagem que parece inofensiva, mas que leva o usuário a clicar em links maliciosos ou compartilhar dados sensíveis

“A maioria dos golpes é algum tipo de engenharia social. São notícias normalmente muito boas ou muito ruins, com um tom alarmista. Nessas horas, é preciso desconfiar. Sempre digo: não existe almoço grátis, ninguém vai te dar 90% de desconto em um iPhone 16 em um site que você nunca comprou na vida”, alerta Rafael Susskind, CEO e fundador da DPO Expert.

Os exemplos se multiplicam: o phishing, que imita páginas de bancos e órgãos públicos; o golpe do delivery, em que máquinas de cartão adulteradas cobram valores muito acima do pedido; a clonagem de contas em redes sociais, quando criminosos pedem transferências a familiares e amigos; e até a falsa oferta de emprego, comum em aplicativos de mensagem. Cada golpe tem sua própria abordagem, mas todos exploram a pressa e a confiança da vítima.

Cuidados

Para não cair nessas armadilhas, alguns cuidados básicos fazem diferença. Nunca clique em links recebidos por desconhecidos ou em promoções com preços fora da realidade. Digite o endereço dos sites diretamente no navegador e verifique sempre se a página é segura – no caso de órgãos públicos, o domínio correto é “gov.br”. Também é essencial usar senhas fortes e diferentes para cada serviço, ativar a autenticação em dois fatores e manter o antivírus atualizado.

Também é preciso ter atenção ao ambiente dos aplicativos. “O ideal é sempre utilizar canais oficiais para baixar apps e desconfiar de pedidos de permissões desnecessárias. Se um aplicativo pede acesso à sua agenda, câmera ou microfone sem motivo, não libere. Essa é uma porta de entrada para golpes”, recomenda Susskind.

Além da responsabilidade individual, as empresas também precisam agir. Plataformas digitais e estabelecimentos que lidam com dados de clientes devem adotar medidas mínimas de segurança, compatíveis com seu porte e setor. 

“Toda empresa é responsável por garantir a proteção das informações que trata. O elo mais suscetível é quase sempre o usuário, por isso treinamento e capacitação são fundamentais. Esse aprendizado, inclusive, se reflete na vida pessoal, quando o funcionário entende a importância de uma senha forte ou do cuidado com a engenharia social”, destaca o especialista.

Caso a fraude aconteça, é essencial agir rapidamente: registrar boletim de ocorrência, avisar o banco ou a operadora de cartão para tentar bloquear a transação e notificar a plataforma em que o golpe ocorreu. Monitorar o uso do CPF em serviços de proteção ao crédito também ajuda a identificar movimentações suspeitas.

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