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A estratégia da Enel Brasil para reciclar 98% dos resíduos das redes elétricas

No último ano, companhia reutilizou quase 90 mil toneladas de materiais derivados das suas operações no Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará

Entre os materiais reciclados estão alumínio, cobre, ferro, plástico, porcelana, papel, papelão, aço, madeira, resíduos de construção civil e postes de concreto (Enel/Divulgação)

Entre os materiais reciclados estão alumínio, cobre, ferro, plástico, porcelana, papel, papelão, aço, madeira, resíduos de construção civil e postes de concreto (Enel/Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 16 de maio de 2025 às 11h37.

O Dia Mundial da Reciclagem, que será comemorado neste sábado, 17, busca conscientizar sobre o descarte correto de resíduos – e as possibilidades de novos usos para materiais e matérias-primas.

Por isso, a Enel Brasil divulga com exclusividade para a EXAME os dados mais recentes sobre o manejo de resíduos nas operações de suas distribuidoras no Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará.

Em 2024, a companhia reciclou ou recuperou cerca de 98% das mais de 90 mil toneladas de resíduos provenientes dos sistemas elétricos que abrangem mais de 262 mil quilômetros de redes.

Entre os materiais reciclados estão alumínio, cobre, ferro, plástico, porcelana, papel, papelão, aço, madeira, resíduos de construção civil e postes de concreto. A empresa adota práticas para ampliar a circularidade dos materiais utilizados em suas operações.

Estratégia de reciclagem

No caso dos medidores inteligentes, a Enel São Paulo realiza um trabalho de recuperação. Desde 2020, mais de 120 mil unidades retiradas da rede passaram por revisão e foram reinstaladas, evitando a necessidade da compra de novos equipamentos. Essa prática gerou uma economia de mais de R$ 21 milhões.

Quanto aos postes, aqueles substituídos por questões de manutenção ou danos são encaminhados para reciclagem, onde o concreto é separado do metal.

O material reaproveitado serve como matéria-prima, como a brita usada no setor da construção civil, contribuindo para reduzir o descarte inadequado.

Ricardo Bomfim, head de Economia Circular da Enel Brasil, ressalta que o trabalho vai além da simples destinação dos resíduos. “Todo material com potencial de reciclagem ou reutilização são encaminhados a empresas qualificadas, contratadas por meio de licitação, que buscam soluções circulares para cada tipo de resíduo”, conta.

Ele destaca ainda que os resíduos não recicláveis são tratados conforme a legislação ambiental vigente, incluindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Economia circular

Os dados por região mostram variações nos índices de reciclagem: no Rio de Janeiro, foram geradas cerca de 10 mil toneladas de resíduos, dos quais 94,4% foram reaproveitados. Em São Paulo, o volume atingiu aproximadamente 75,5 mil toneladas, com índice de reciclagem de 99,4%. Já no Ceará, das 4,7 mil toneladas produzidas, 81% foram recicladas ou recuperadas.

A Enel conta com centros logísticos responsáveis por organizar a coleta e o encaminhamento desses resíduos para as recicladoras parceiras. Além disso, a empresa investe em projetos internos para reutilizar plásticos em caixas subterrâneas, reaproveitar metais, madeira, solo de obras e até doar caixas d’água usadas em canteiros para comunidades próximas.

No primeiro trimestre de 2025, a empresa já reciclou mais de 10 mil toneladas de resíduos.

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