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Arábia Saudita acelera energias renováveis com investimentos de R$ 46 bilhões da ACWA Power e Aramco

Em meio ao domínio do petróleo, reino e companhias visam construir 130 GW de capacidade até 2030, com foco em energia solar e eólica

Com o sucesso dos projetos, mais de 185 mil residências podem ser iluminadas a partir da produção energética limpa (Adamkaz/Getty Images)

Com o sucesso dos projetos, mais de 185 mil residências podem ser iluminadas a partir da produção energética limpa (Adamkaz/Getty Images)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 14 de julho de 2025 às 13h30.

Última atualização em 14 de julho de 2025 às 15h26.

Mais de R$ 46 bilhões: esse é o total investido em projetos de energia limpa firmados na Arábia Saudita neste domingo, 13. Entre as companhias envolvidas estão a ACWA Power, gigante do setor do Oriente Médio, e uma subsidiária da Aramco, companhia petroleira estatal.

Ao todo, a capacidade dos projetos deve atingir 15 GW, de acordo com informações da agência de notícias local. As transações fazem parte do plano da Arábia Saudita para construir 130 GW de capacidade renovável até 2030.

A ACWA Power assinou sete contratos de desenvolvimento energético, envolvendo parcerias com a Water and Electricity Holding Co e a Aramco Power. Devem ser construídas cinco usinas solares nas cidades de Aseer, Medina, Meca e Raid, além de duas instalações eólicas em Riad.

Transição energética na Arábia Saudita

O trabalho representa uma virada de chave na matriz energética do país, que figura entre os maiores produtores de petróleo globalmente. De acordo com o portal Trading Economics, a Arábia Saudita produziu em maio cerca de 9,18 milhões de barris por dia, uma alta frente a abril, com 9,01 milhões por dia.

A expectativa é que, no ritmo atual, o país atinja 10 milhões de barris ao dia em 2027.

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Essa produção, que representa cerca de 40% do PIB do reino e 90% das receitas de exportação, também compromete a pegada de carbono do país, que chega a 600 milhões de toneladas de CO2 por ano. O total é superior ao de nações como a França — que emite cerca de 310 milhões de toneladas anuais — mesmo tendo cerca de metade da população do país europeu.

Neutralidade de carbono vs. produção de petróleo

Durante a COP26, em Glasgow, Escócia, o príncipe saudita Mohamed bin Salman declarou as metas do país quanto às emissões de gases de efeito estufa. Segundo ele, o país atua para atingir a neutralidade de carbono até 2060, além de uma queda de 30% no que é emitido de metano até 2030.

As condições climáticas no Oriente Médio favorecem a adoção de energias limpas, especialmente a solar. A Arábia Saudita é dominada durante boa parte do ano por sol intenso, além de contar com áreas desérticas com uso produtivo na agricultura ou na urbanização. Ao fim de 2024, a capacidade solar instalada era de apenas 4,34 GW, segundo uma última análise do Energy Institute.

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Com o sucesso dos projetos, mais de 185 mil residências podem ser iluminadas a partir da produção energética limpa. Entre os fatores que podem intensificar esse mercado estão a facilidade de investimentos e a falta de regras ambientais e licenciamentos que regulem e inibam essas iniciativas.

O Oriente Médio é a segunda região que mais acelera seus investimentos em energia renovável, atrás apenas da China, movimento que segue também nos Emirados Árabes Unidos: em janeiro, a Masdar, companhia de fontes limpas, anunciou um investimento de US$ 6 bilhões para gerar 5 GW de fontes solares, além de 19 GWh de armazenamento de baterias.

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