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A loja foi instalada no Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia dentro do Complexo Porto Futuro II e funcionará como um "laboratório de experiências" (ASSOBIO/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 2 de novembro de 2025 às 18h00.
Última atualização em 2 de novembro de 2025 às 18h05.
Em contagem regressiva para receber a COP30, Belém ganhou um novo espaço dedicado à bioeconomia da Amazônia.
É uma vitrine viva dos produtos da floresta inaugurada pela Associação dos Negócios de Sociobioeconomia da Amazônia (Assobio), rede que reúne mais de 126 pequenos empreendimentos do bioma.
No espaço de 30 m², são expostas 60 marcas e centenas de itens: cosméticos, biojoias, bebidas, alimentos e peças de moda.
A loja foi instalada no Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia dentro do Complexo Porto Futuro II, obra legado da grande conferência do clima.
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Montada em um contêiner, a ideia é funcionar como um "laboratório de experiências" que permite ao público acompanhar a trajetória dos ativos amazônicos, desde o fruto in natura até sua transformação em itens de alto valor agregado.
O projeto conta com o apoio do Mercado Livre, parceiro da organização desde 2019, e do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) e da Secretaria de Cultura (Secult).
Para Paulo Reis, presidente da Assobio, a vitrine reforça o propósito da associação de dar visibilidade e escala aos negócios sustentáveis da Amazônia.
"Queremos que cada visitante perceba que, ao escolher esses produtos, está contribuindo para manter a floresta em pé e gerar renda para milhares de famílias da região", afirmou.
Durante a inauguração, visitantes já puderam conhecer e fazer compras.
"Comprei café, um colar e castanhas-do-Pará. Vou levar para Minas um pedacinho da Amazônia. Achei muito interessante a proposta de trazer a produção de quem faz para esse espaço", comentou a mineira Girlene Alves da Silva.
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Bruno Rodrigues, coordenador da loja e operador comercial da associação, tem expectativas altas para o novo espaço. "Queremos que as pessoas venham conhecer, experimentem e entendam por que é possível desenvolver sem desmatar", destacou.
Presente na inauguração, Camille Bendahan Bemerguy, secretária adjunta de Bioeconomia da Semas, destacou o papel estratégico da bioeconomia para o desenvolvimento sustentável da região.
"Este modelo econômico permite conciliar conservação, pessoas e prosperidade. Esse projeto é transformador porque dá visibilidade ao que já é produzido no território e mostra o potencial do Estado como epicentro da bioeconomia na Amazônia e no mundo"[/grifar], disse.
Estudos recentes demonstram esse potencial: a bioeconomia no Pará pode gerar R$ 816 milhões ao PIB estadual por ano e se posiciona como agenda estratégica da presidência brasileira na COP.
A secretária também reforçou que a iniciativa representa um marco de acessibilidade e valorização dos produtos da floresta. "Agora é possível encontrar num só ambiente a diversidade da Amazônia, de bebidas e biojoias a óleos e madeiras. Isso gera potência e valor para os negócios sustentáveis do Pará", completou.
Além da Vitrine, a Assobio lançou o projeto Rota da Bioeconomia, um circuito de experiências que convida o público a conhecer de perto os empreendimentos amazônicos que unem tradição, inovação e sustentabilidade.
O roteiro estreia com 11 passeios pela Região Metropolitana de Belém, conectando visitantes a negócios que transformam insumos da floresta em produtos de valor.
O passeio inaugural foi guiado pelo historiador Michel Pinho, em um roteiro especial pelo tradicional mercado Ver-o-Peso.
"Todos esses insumos têm uma relação com um passado não tão distante. É fundamental entender que esse passado se faz presente de uma forma muito mais intensa e que está transformando o cenário da cidade em prol da sustentabilidade", enfatizou.
Entre os empreendimentos que integram a Rota estão a Uruçun, com hidromel amazônico e abelhas sem ferrão; a AMZ Tropical, com gin de jambu; o Sítio da Cruz, que vai do cacau ao chocolate artesanal; a Da Tribu, com biojoias de látex; e a Manioca, que mostra a jornada da mandioca ao tucupi.
A rede também mantém outras ações de impacto para impulsionar a bioeconomia. Uma delas é a "Vending Machine", uma máquina em operação no restaurante Amazônia na Cuia, no Porto Futuro, oferecendo mais de 30 itens produzidos por empreendedores da rede. Até o final de novembro de 2025, outras serão inauguradas em pontos estratégicos da cidade.
Durante a COP30, os visitantes também poderão conhecer os produtos em um espaço na Green Zone, área da conferência aberta ao público.
Com uma agenda robusta, a Assobio se consolida como uma das principais redes de negócios verdes do país. Os 126 empreendimentos associados geram juntos mais de R$ 52 milhões em renda por ano, mais de mil empregos diretos e promovem impacto positivo em mais de 70 mil pessoas na Amazônia.