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Belém se transforma para a COP30: mais de 160 países no maior evento climático do ano

Com ajustes sendo feitos na reta final, infraestrutura, mobilização social e investimento público colocam a Amazônia no centro da agenda climática global

Preparação: segundo o secretário da COP30, ainda há detalhes, como pavilhões sendo finalizados e ajustes de ar-condicionado em algumas salas (Leandro Fonseca /Exame)

Preparação: segundo o secretário da COP30, ainda há detalhes, como pavilhões sendo finalizados e ajustes de ar-condicionado em algumas salas (Leandro Fonseca /Exame)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 7 de novembro de 2025 às 14h05.

A poucos dias do início oficial da COP30, que começa na próxima segunda-feira (10), Belém já tem confirmada a presença de representantes de cerca de 160 países, segundo o secretário extraordinário da conferência, Valter Correia. Outros 30 ainda estão em fase final de negociação e ajustes logísticos para garantir hospedagem e estrutura durante o encontro global sobre o clima.

“Cada dia o número de confirmações aumenta e o de negociações diminui. Isso nos dá tranquilidade de saber que vamos acomodar todo mundo”, diz Correia, em entrevista dada nesta sexta-feira (7).

Segundo o secretário, a organização tem adotado uma estratégia personalizada para atender as delegações. “Estamos ligando diretamente para cada uma delas, vendo as necessidades e os limites de hospedagem.”

Com a rede hoteleira praticamente lotada, o plano de hospedagem inclui não apenas hotéis e imóveis privados, mas também navios transatlânticos que já estão atracados no Porto de Outeiro. O secretário destacou que, após um período de alta nos preços, o mercado local voltou a um “patamar mais equilibrado”, o que deve garantir acomodação adequada a todos os participantes.

Participação social e legado econômico

Correia aposta que a COP30 será marcada por um engajamento social. “O Brasil tem um histórico muito positivo de participação desde a Eco-92. E, agora, há uma expectativa enorme de retomar essa presença ativa, com povos indígenas, ONGs e movimentos sociais de todo o mundo”, avalia. “Acredito que teremos uma das maiores participações sociais de todos os tempos.”

Somados os investimentos do governo federal, estadual e municipal, o total aplicado em obras e infraestrutura ultrapassa R$ 6 bilhões, sendo R$ 4 bilhões apenas do governo federal.

“Com a COP, mudamos absurdamente a realidade de Belém. O Pará não é o mesmo, a região Norte não é a mesma. O desenvolvimento é visível”, diz.

Entre as intervenções destacadas por Correia estão obras de saneamento básico e drenagem que beneficiam mais de 600 mil pessoas em áreas periféricas da cidade. “Mais da metade da população está sendo diretamente atingida por essas melhorias, que ficam como um legado permanente.”

O secretário também ressalta a entrega do novo Porto de Outeiro e as obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Belém. “Já temos dois transatlânticos atracados no porto, o que pode abrir uma nova rota turística para o Norte do país”, exemplifica.

Ajustes finais antes da abertura

Enquanto delegações começam a chegar, equipes trabalham nos últimos preparativos no Parque da Cidade, palco central da conferência. “Estamos prontos, mas ainda há detalhes, como pavilhões sendo finalizados, ajustes de ar-condicionado em algumas salas. São ajustes normais”, avalia Correia.

Com mais de 70 líderes mundiais esperados, a COP30 pode ser uma das maiores já realizadas, consolidando Belém como símbolo da agenda climática global e de um novo ciclo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia. (Com informações da Agência Brasil)

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