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Futuro: entre os debatedores, houve a defesa do papel da bioenergia de forma integrada
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Publicado em 13 de novembro de 2025 às 13h59.
Texto de Sérgio Chêne, edição de Carla Fischer e revisão de Samantha Mendes/Edição Exame
O painel “Produtividade, Eficiência e Biocombustíveis”, realizado paralelamente à programação oficial da COP30, em Belém, reuniu na quarta-feira (12), no espaço da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) e CropLife, Felipe Mendes, diretor de Sustentabilidade da Tereos, Catarina Correa, da Bayer, Morten Rasmussen, da Novonesis, e Augustin Torroba, do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
A mesa redonda explorou o debate em torno da bioenergia e assuntos correlacionados. Biotecnologia, rendimento e eficiência, custo, regulação, políticas públicas e combustível sustentável foram alguns dos muitos temas do encontro.
Felipe Mendes, da Tereos, explorou análises relativas à união do campo, indústria e demanda no aumento da demanda por etanol. O diretor de Sustentabilidade do grupo francês falou ainda sobre o atual movimento das políticas públicas para destravar investimentos em bioenergia, além de financiamento verde em parceria com fornecedores.
O executivo da Tereos foi enfático ao defender um novo momento para a bioenergia, em que a integração é um valor a ser cultivado cada vez mais pelas empresas do setor. “Precisamos construir uma narrativa comum e deixar de falar em primeira ou segunda geração. Devemos ter uma visão unificada como indústria e trabalhar juntos, empresas de produção, empresas técnicas, organizações como a CropLife, a Tereos e o IICA. Essa colaboração é fundamental, e por isso considero extremamente importante estarmos reunidos aqui”, afirmou Mendes.
De acordo com Rasmussen, vice-presidente executivo de Recursos Humanos e Relações com Partes Interessadas da Novonesis, para cada trabalho criado no setor de soluções biológicas no Brasil, são desenvolvidos 2,5 milhões de trabalho na indústria. O executivo destaca a perspectiva de 5 milhões de novas oportunidades a serem abraçadas pelo mercado das biossoluções.
“Como as mudanças climáticas estão se tornando cada vez maiores, os agricultores não podem depender do que fizeram para as gerações passadas. Você precisa ter novas maneiras de fazer a agricultura”, disse como reforço e necessidade de se estabelecer protocolos regulatórios flexíveis diante das inovações.
Especialista em Biocombustíveis e Energias Renováveis do IICA, Torroba explorou dois pontos do debate: o desenvolvimento tecnológico e os avanços que estão ocorrendo, e o que isso poderia beneficiar produtores, empresas e novos negócios.
“E eu diria que há dois biofuels muito bem desenvolvidos. O etanol é um, com muita tecnologia, muito produtivo. E o segundo é o biodiesel. E no biodiesel nós temos duas situações diferentes. Nós temos a fome, o ácido fatigante ester. E eu acho que a última onda de inovação relacionada ou relacionada ao biofuel, foi o HVO (diesel renovável ou “diesel verde”. É outra forma de produzir biodiesel. E, vendo isso, eu acho que a nova onda de inovação relacionada aos biofuels líquidos, será o combustível sustentável, aponta Torroba.