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Brasil lidera prejuízos com desastres naturais na América Latina, com R$ 29 bilhões gastos

País acumula perdas de US$ 5,3 bilhões em seis meses com enchentes, secas e tempestades

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 31 de julho de 2025 às 16h28.

Última atualização em 31 de julho de 2025 às 17h16.

O Brasil registrou as maiores perdas econômicas por desastres naturais da América Latina no primeiro semestre de 2025. Foram US$ 5,355 bilhões em prejuízos causados por quatro grandes eventos climáticos que atingiram diferentes regiões do país.

Os dados fazem parte de um relatório da empresa de resseguros AON que mostra como a América Latina perdeu US$ 6,67 bilhões com catástrofes naturais entre janeiro e junho deste ano — um aumento de 28% em relação ao mesmo período de 2024.

Brasil concentra 80% das perdas regionais

Das perdas totais da região, o Brasil foi responsável por equivalente a 80% de todos os prejuízos do continente. O país enfrentou duas tempestades severas, uma seca prolongada e uma grande enchente no período.

"Os impactos na América Latina foram agravados pelas mudanças climáticas e pelas limitações de infraestrutura em muitos territórios da região", explicou Lina Toro, executiva da AON para países da América do Sul.

Outros países também sofreram

O Paraguai ficou em segundo lugar, com perdas de US$ 690 milhões causadas principalmente por secas que afetaram a agricultura. Já a Argentina registrou prejuízos de US$ 375 milhões devido a enchentes.

A Colômbia, embora sem estimativa oficial de perdas econômicas, viveu uma tragédia em Bello, na região de Antioquia, onde um deslizamento de terra deixou mais de 20 mortos.

No mundo todo, as perdas por desastres naturais chegaram a US$ 162 bilhões no primeiro semestre — valor superior à média histórica dos últimos anos. Os Estados Unidos concentraram mais de 90% das perdas globais seguradas, principalmente por conta dos incêndios florestais na Califórnia e tempestades severas.

Necessidade de preparação

O relatório destaca que é urgente investir em infraestrutura mais resistente, sistemas de alerta antecipado e seguros para reduzir os impactos futuros. Segundo os especialistas, apenas a colaboração entre governos, empresas e comunidades pode ajudar a enfrentar um cenário climático cada vez mais imprevisível.

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