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China reforça liderança em hidrogênio e energia limpa

Long Yongtu fez a declaração durante o Seminário Internacional sobre Cooperação em Hidrogênio da Iniciativa 'Cinturão e Rota'

Energia renovável: América do Sul tem matriz elétrica mais limpa que a média global.

Energia renovável: América do Sul tem matriz elétrica mais limpa que a média global.

China2Brazil
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Agência

Publicado em 24 de outubro de 2025 às 19h09.

O protecionismo comercial e o unilateralismo têm avançado globalmente, afetando também o setor energético, onde alguns países buscam proteger fontes tradicionais e atrasadas. Apesar disso, a China mantém a determinação de desenvolver energia limpa, promover a transição energética e fortalecer a cooperação internacional, segundo Long Yongtu, ex-vice-ministro do antigo Ministério do Comércio Exterior e Cooperação Econômica da China.

Ele fez a declaração durante o Seminário Internacional sobre Cooperação em Hidrogênio da Iniciativa “Cinturão e Rota”, realizado na Conferência da Indústria de Hidrogênio da China 2025.

Long destacou que a China tem oportunidades de cooperação internacional em pesquisa e aplicação de tecnologias de hidrogênio, fornecimento de equipamentos, certificação de padrões e participação na formulação de regras de comércio transfronteiriço.

Encruzilhada

Chen Wenling, ex-economista-chefe do Centro Chinês de Intercâmbio Econômico Internacional, observou que a oposição de alguns países às energias renováveis e à economia verde representa uma das manifestações mais claras da “desglobalização”.

Segundo ela, o desenvolvimento energético global enfrenta uma encruzilhada, e a China tornou-se referência internacional, contribuindo de forma significativa para o avanço do hidrogênio e de outras fontes limpas.

O setor recebeu marco regulatório com o “Plano de Desenvolvimento da Indústria de Hidrogênio a Médio e Longo Prazo (2021–2035)”, publicado em 2022, e com a inclusão do hidrogênio na Lei de Energia da China em 2024. Até o fim de 2024, mais de 560 políticas específicas sobre hidrogênio foram lançadas em todo o país, com medidas adaptadas às realidades regionais.

Segundo Cheng Yibing, membro da Academia de Engenharia da Austrália e cientista estratégico do Laboratório Xianhu de Foshan, as tecnologias chinesas de hidrogênio, da produção ao transporte e uso, saíram do laboratório e estão em aplicação industrial, colocando o país à frente do padrão global em abrangência e nível tecnológico.

Zhang Yinguang, gerente-geral da State Power Investment Group Hydrogen Energy Technology Development, afirmou que a China possui a cadeia industrial de hidrogênio mais completa do mundo, incluindo produção, armazenamento, transporte e uso. Ele acrescentou que o transporte é o setor-chave para a comercialização em larga escala.

Programas de cidades-piloto

Políticas e programas de cidades-piloto criaram um ecossistema maduro para o uso do hidrogênio. Ao mesmo tempo, esforços conjuntos de fabricantes de células a combustível reduziram significativamente os custos.

Zhang Weidong, representante assistente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na China, citou que o custo de um ônibus de 12 metros movido a célula de combustível caiu de US$ 1,8 milhão em 2003 para menos de US$ 500 mil, graças à experiência chinesa e ao apoio internacional.

Chen Wenling concluiu que o futuro do hidrogênio na China será guiado pelos cenários de aplicação. O país não apenas lidera a produção global, mas também se torna força motriz do desenvolvimento do setor, contribuindo para a transição energética mundial e para as metas de neutralidade de carbono.

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