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Como a Coca-Cola Femsa quer economizar 452 milhões de litros de água e beneficiar o meio ambiente

Empresa investe na preservação de biomas nativos e na neutralização hídrica, garantindo a segurança de bacias hidrográficas em São Paulo; leia exclusiva

Objetivo é proteger a biodiversidade local e os serviços ecossistêmicos essenciais para a sociedade, como o abastecimento de água (Divulgação)

Objetivo é proteger a biodiversidade local e os serviços ecossistêmicos essenciais para a sociedade, como o abastecimento de água (Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 27 de março de 2025 às 15h08.

Última atualização em 27 de março de 2025 às 15h12.

A Coca-Cola FEMSA Brasil está avançando com um projeto de neutralidade hídrica que visa compensar o uso de água em suas operações. A iniciativa, que já superou a meta inicial de 1.100 hectares impactados positivamente, agora adota 1.200 hectares de biomas nativos em áreas estratégicas para a recarga hídrica e preservação de Mata Atlântica e Cerrado.

As ações de compensação, divulgadas com exclusividade para a EXAME, atendem as fábricas da companhia localizadas em Mogi das Cruzes e Bauru, em São Paulo, e buscam garantir a sustentabilidade hídrica das bacias hidrográficas dessas regiões.

O projeto, iniciado em 2022, é realizado em parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e envolve a adoção de áreas privadas para a implementação de ações de conservação. Entre elas, estão o reflorestamento, a prevenção de incêndios e o enriquecimento de espécies nativas.

O objetivo é proteger a biodiversidade local e os serviços ecossistêmicos essenciais para a sociedade, como o abastecimento de água.

Para Fabiana Meira, vice-presidente Jurídica e de Assuntos Corporativos da Coca-Cola FEMSA Brasil, a sustentabilidade hídrica é um pilar central da empresa. "Com esse projeto, conseguimos contribuir para a saúde das bacias hidrográficas e garantir mais segurança hídrica nas localidades onde atuamos", afirma.

O impacto esperado é significativo, com uma compensação que deve alcançar cerca de 452 milhões de litros de água por ano. O volume corresponde à neutralização hídrica das plantas de Mogi das Cruzes e Bauru.

Educação ambiental

Além da preservação ambiental, o projeto também contempla ações sociais e educacionais. Desde 2023, a SPVS realiza capacitações para professores de educação infantil e ensino fundamental, com foco em conservação do meio ambiente e temas relacionados.

Até agora, cerca de 350 educadores participaram das oficinas, que foram oferecidas para as Secretarias de Educação dos municípios envolvidos. A ideia é integrar a conservação da natureza ao currículo escolar, criando uma conscientização ainda mais ampla na comunidade — e desde cedo.

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O projeto também envolve a criação de uma rede de boas práticas em conservação entre os diferentes atores locais, como o poder público e organizações do terceiro setor. A formação dessa rede visa fortalecer políticas públicas que beneficiem a preservação das áreas naturais e a segurança hídrica da região.

O projeto já começa a buscar novas áreas para adotar e ampliar o impacto da iniciativa. A empresa também monitora a biodiversidade nas áreas adotadas, com registros da presença de espécies ameaçadas de extinção, o que reforça a importância do projeto para a conservação da flora e fauna local.

Clóvis Borges, diretor-executivo da SPVS, destaca que a parceria é um exemplo de como grandes corporações podem liderar a implementação de soluções ambientais eficazes. “A Coca-Cola FEMSA vem desenvolvendo ações compatíveis com as metas ESG e fornecendo avanços inovadores que podem servir de exemplo para outras empresas”, conclui.

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