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Diferentemente da Blue Zone, onde acontecem as negociações formais entre líderes e delegações, a Green Zone é aberta para visitação do público (Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 10 de julho de 2025 às 12h30.
Última atualização em 10 de julho de 2025 às 13h16.
Um grande palco para quem quer mostrar ao mundo suas soluções climáticas e o 'coração' da inovação e colaboração: esta é a missão da Green Zone durante a Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP30), em Belém do Pará.
Assim como a Blue Zone, onde acontecem as negociações formais entre os países, este espaço fica dentro do Parque da Cidade, onde será realizado o evento de 10 a 21 de novembro. No entanto, se diferencia por ser aberto para visitação do público.
Durante duas semanas, líderes de todo mundo se reúnem para acelerar compromissos globais e transformar promessas em ações concretas para o combate da crise climática, visando um futuro mais sustentável e justo.
Em um gesto simbólico e estratégico, esta edição será sediada na Amazônia, bioma essencial para o equilíbrio climático e que marca a necessidade urgente de uma transição que inclua os saberes ancestrais da floresta e de todos os seus povos.
A Green Zone se propõe a contemplar empresas, governos, instituições acadêmicas, sociedade civil, povos originários, jovens e artistas com o intuito de apresentar o que estão fazendo para driblar os maiores desafios ambientais e climáticos do nosso tempo.
Segundo os organizadores, a inclusão e a colaboração estão no centro da proposta deste espaço, visto que o conhecimento tradicional e a inovação se encontram para impulsionar a justiça climática.
Sob a gestão da presidência da COP30, liderada pelo embaixador André Correa do Lago, esta área terá hubs temáticos dedicados ao financiamento climático, inovação, biodiversidade, juventude e tecnologias limpas.
As inscrições já estão abertas e os interessados têm até o dia 22 de julho para preencher um formulário de intenção no site oficial, marcando o início do processo seletivo que definirá os participantes.
Para garantir a qualidade e relevância das propostas, as organizações interessadas devem atender a critérios específicos estabelecidos pela Secretaria Extraordinária para a COP30 (SECOP). É necessário demonstrar compromisso concreto com a agenda climática, apresentar iniciativas sustentáveis já implementadas e propor soluções práticas.
Podem se inscrever instituições públicas, setor privado, organizações da sociedade civil e outros atores relevantes.
As organizações aprovadas poderão escolher entre duas categorias principais de pavilhões. A primeira é a categoria padrão, que se subdivide em bronze, prata e ouro, oferecendo diferentes níveis de estrutura e visibilidade. Já a segunda opção são os pavilhões customizados, que permitem maior personalização de acordo com as necessidades específicas do participante.
Durante o processo de inscrição, os interessados também devem indicar quais serviços pretendem utilizar, incluindo limpeza, equipamentos audiovisuais, conexão com internet, alimentação, serviços de interpretação e promotores de vendas.
O processo seletivo foi estruturado em cinco etapas. Após o envio do formulário de interesse no site, o comitê organizador realizará uma triagem inicial.
Em seguida, haverá uma revisão detalhada dos candidatos pré-selecionados, seguida pela seleção final e notificação dos participantes aprovados. Por fim, os selecionados devem confirmar sua participação no evento.
Já a Blue Zone, área oficial da conferência onde ocorrem as negociações diplomáticas, encerrou seu período de inscrições no dia 2 de julho.
Administrada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), este espaço de 160 mil m² é restrito aos países-membros da ONU e organizações formalmente admitidas como observadoras.
A expectativa da presidência da COP30 é abrigar entre 100 e 150 pavilhões, além de escritórios das delegações oficiais.
"Todos os escritórios e pavilhões vão prover para as delegações a estrutura necessária para que desenvolvam seus trabalhos e apresentem a agenda de seus países durante a COP", destacou em nota o secretário extraordinário para a COP30, Valter Correia.