Patrocínio:
Parceiro institucional:
(Arnaldo Kikuti/Divulgação)
Publicado em 18 de maio de 2025 às 06h00.
Por Mauricio Masferrer*
Em um mundo cada vez mais volátil, as empresas enfrentam uma série de ameaças globais capazes de comprometer suas operações, reputação e lucratividade. Esses riscos se apresentam em múltiplas frentes: tecnológicas, econômicas, políticas, regulatórias, de comunicação, sociais, reputacionais, e, ainda, ambientais.
Além de preocupação crescente, os eventos climáticos severos, como enchentes, secas e ondas de calor, têm impactado diretamente as médias e grandes corporações. Não raramente, muitas delas são forçadas a reduzir ou a interromper por completo suas atividades em decorrência do clima.
No Brasil, especificamente, 2024 foi o ano com o maior número de eventos climáticos extremos da última década. Das cheias no Rio Grande do Sul às estiagens no Centro-Oeste, as consequências sobre a atividade econômica têm sido recorrentes e crescentes na realidade das empresas nacionais – mesmo entre aquelas com estrutura robusta e capilaridade sólida.
A edição 2025 do Risk Barometer, levantamento produzido pelo Grupo Allianz, mostra que as catástrofes naturais estão entre os três principais fatores de riscos para os gestores brasileiros – as mudanças climáticas e a interrupção de negócios vêm em segundo e quarto lugares, respectivamente. Isso demonstra que os riscos estão interligados, resultando em uma rede de causa e efeito.
No entanto, a nível global, dados apontam que somente pouco mais de 40% das perdas relacionadas a eventos climáticos estão seguradas. Com isso, a adoção de estratégias para responder a esses fenômenos se torna mais do que essencial.
Mitigar os impactos do clima exige gerenciamento de riscos, planejamento e a incorporação de uma gestão estruturada, uma realidade que já tem levado as empresas a adotarem ações mais robustas de resiliência e adaptação. Neste contexto, o seguro, tradicionalmente visto como um instrumento de indenização pós-perda, ganha uma nova dimensão e passa a ser parte essencial da estratégia empresarial.
Por meio da análise do risco, as seguradoras oferecem proteção financeira contra eventos extremos, permitindo que os negócios se recuperem com mais agilidade. Prova disso é que, também em 2024, as perdas seguradas por catástrofes naturais ultrapassaram US$ 140 bilhões, marcando o quinto ano consecutivo acima de US$ 100 bilhões. Em outras palavras, o setor de seguros destinou esse montante à recuperação e continuidade das empresas de diversos segmentos da economia.
Contudo, para além da mitigação das perdas, o seguro orienta as organizações em suas iniciativas relacionadas às mudanças climáticas e à resiliência, auxiliando-as a compreender, de forma mais clara, como os eventos extremos podem impactar suas operações essenciais e quais ações podem ser adotadas para mitigar esses efeitos.
Ao incentivar as companhias a adotarem práticas sustentáveis e a investirem em infraestrutura resiliente, o seguro faz com que as corporações construam um modelo de negócio mais preparado, adaptável e comprometido com o futuro. As mudanças climáticas estão acontecendo de maneira veloz, constatação que jamais deve ser ignorada. A adaptação das empresas frente a esta realidade exige uma visão holística, que combine o amparo financeiro com a implementação de práticas sustentáveis e preparatórias.
As companhias que adotarem esse modelo integrado de gestão de riscos certamente estarão protegendo seus ativos e posicionando-se de forma mais competitiva e responsável no mercado. O fato é que a continuidade dos negócios diante das adversidades climáticas passa a depender de ações proativas e estratégicas de gerenciamento e mitigação de riscos, nas quais o seguro é um elemento crucial.
*Mauricio Masferrer é diretor-executivo de Negócios Corporativos da Allianz Seguros e Managing Director da Allianz Commercial Brasil