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Economia verde pode alavancar US$ 11 trilhões até 2040, revela BCG

Novo estudo do Boston Consulting Group destaca o crescimento nas áreas de minerais críticos cruciais para a transição energética e tecnologias, materiais e outros serviços sustentáveis

Os dados do BCG apontam para um futuro de expansão robusta e impulsionado por uma mudança global em direção ao desenvolvimento sustentável (Freepik)

Os dados do BCG apontam para um futuro de expansão robusta e impulsionado por uma mudança global em direção ao desenvolvimento sustentável (Freepik)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 30 de abril de 2025 às 08h00.

Última atualização em 30 de abril de 2025 às 10h55.

A economia verde pode gerar uma oportunidade significativa ao PIB brasileiro e movimentar US$ 11 trilhões até 2040.

É o que revela um novo estudo divulgado na terça-feira (29) pelo Boston Consulting Group (BCG), baseado em dados da Agência Internacional de Energia (IEA), e que destaca principalmente o crescimento nas áreas de minerais críticos cruciais para a expansão de energias renováveis e tecnologias, materiais e outros serviços sustentáveis.

Minerais críticos, como os utilizados em baterias, motores elétricos e redes de eletricidade, que atualmente valem US$ 100 bilhões, devem alcançar US$ 700 bilhões até 2040.

Este segmento, essencial para a transição energética, é um dos pilares da economia de baixo carbono. Além disso, a tecnologia, que inclui setores como energia eólica, solar e veículos elétricos, deve experimentar uma alta ainda mais acentuada e passar de US$ 800 bilhões para US$ 4,6 trilhões no mesmo período.

Outro setor em expansão é o de materiais industriais verdes, como aço e plásticos descarbonizados, que devem saltar de US$ 500 milhões para US$ 3,6 trilhões. Já os serviços verdes, incluindo o financiamento sustentável, ecoturismo e adaptação climática, devem crescer de US$ 600 bilhões para US$ 2,2 trilhões.

Segundo o BCG, os dados apontam para um futuro de expansão robusta e impulsionado por uma mudança global em direção ao desenvolvimento sustentável. 

O relatório também aponta que as condições específicas de cada país irão determinar como cada um deve se posicionar nos diferentes segmentos. "Países com economias baseadas em recursos naturais abundantes, como minerais, devem focar em exportações. Já as nações com economias mais avançadas podem se concentrar em inovações tecnológicas e materiais industriais verdes”, destacou Santino Lacanna, sócio do BCG.

O papel dos serviços financeiros e da adaptação climática

Outro dado aponta para o crescimento dos serviços financeiros verdes, com ativos bancários projetados para triplicar até 2030, ultrapassando US$ 4,5 trilhões e gerando mais de US$ 75 bilhões em receita anual.

Em destaque, as tecnologias da informação (TI), que, com soluções de software e inteligência artificial para gestão de energia e contabilidade de carbono, devem movimentar um mercado de US$ 40 bilhões.

O ecoturismo, mercado de US$ 70 bilhões, também está em plena expansão, assim como a aviação sustentável. Além disso, a adaptação climática, peça-chave para combater as mudanças climáticas, deve atrair investimentos de US$ 500 bilhões anuais até 2030.

Para competir em mercados verdes, os países precisarão adotar políticas públicas adequadas, como precificação de carbono, programas de descarbonização de redes elétricas e políticas industriais para apoiar setores verdes emergentes.
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