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Enchente atingiu 71% das árvores no centro de Porto Alegre e 10% morreram, revela estudo

As chuvas históricas no Rio Grande do Sul de maio de 2024 deixaram 4,4 mil árvores submersas na capital gaúcha, segundo dados inéditos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Das 6.285 árvores catalogadas, [grifar]4.449 foram atingidas diretamente pela inundação

Das 6.285 árvores catalogadas, [grifar]4.449 foram atingidas diretamente pela inundação

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 12 de maio de 2025 às 08h00.

Mais de 4,4 mil árvores ficaram submersas por dias após a enchente histórica que atingiu Porto Alegre em maio de 2024, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade. O estudo inédito focou nas áreas do Centro Histórico e Quarto Distrito, mapeando os impactos das chuvas sobre a vegetação urbana.

Das 6.285 árvores catalogadas, 4.449 foram atingidas diretamente pela inundação (71%) . A análise mostrou que 10,4% delas morreram por falta de oxigênio nas raízes e troncos, enquanto outras 5,9% estavam em más condições e 78,4% apresentaram estado considerado entre bom e regular.

A coordenadora de Arborização Urbana da Smamus, Verônica Riffel, uma das líderes do estudo, explicou que as árvores mais afetadas tinham até nove metros de altura e diâmetro do tronco inferior a 40 centímetros.

“As árvores menores mostraram maior vulnerabilidade ao longo tempo de submersão”, destacou.

Segundo Verônica, a resistência foi maior entre espécies com troncos mais largos e raízes profundas.

Outro dado indicou que 80% das árvores em pior estado estavam localizadas em vias públicas. A proporção entre espécies nativas e exóticas afetadas também foi próxima: 47,5% nativas e 52,5% exóticas.

Tecnologia urbana ajuda a mapear danos

A análise foi viabilizada com apoio do Arbolink, sistema digital que integra o projeto POA+Verde e permite o mapeamento detalhado da arborização. A ferramenta reúne dados como espécie, altura, diâmetro do tronco e condições de saúde das árvores.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Germano Bremm, o objetivo é oferecer subsídios para formular políticas públicas focadas na preservação da vegetação urbana diante de eventos climáticos extremos cada vez mais intensos e frequentes.

“A arborização é essencial na adaptação climática e na redução de gases de efeito estufa”, concluiu.

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