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ESG Summit: como grandes empresas usam engajamento para transformar cadeias de valor

Painel reuniu Sonia Consiglio, do Pacto Global da ONU, e Waldir Beira Junior, presidente da Ypê, para discutir como lideranças engajadas geram impacto real

ESG Summit 2025: engajamento de líderes inspira transformação sustentável.

ESG Summit 2025: engajamento de líderes inspira transformação sustentável.

EXAME Solutions
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Publicado em 29 de julho de 2025 às 10h43.

No ESG, boas práticas não bastam: é preciso engajamento real, propósito, investimento e, sobretudo, coerência. O tema foi destaque no painel “O poder das grandes empresas para engajar seus stakeholders” durante o ESG Summit 2025.

Com moderação de Lia Rizzo, editora de ESG da EXAME, organizadora do evento, o encontro reuniu Sonia Consiglio, SDG Pioneer pelo Pacto Global da ONU e especialista em sustentabilidade, e Waldir Beira Junior, presidente da Ypê. A conversa destacou como a construção de uma cultura genuína e a adoção de práticas ESG consistentes dentro das empresas são capazes de influenciar toda a cadeia de valor.

Sustentabilidade como forma de existir

Com 75 anos de história, a Ypê é exemplo de uma companhia que integrou a sustentabilidade à sua essência antes mesmo do termo ESG ser criado. “Meu pai escolheu o nome Ypê como uma homenagem à natureza. Desde o início, ele tomava decisões com consciência ambiental”, afirmou Waldir Beira Junior. 

A empresa, que conta com mais de 7.300 colaboradores diretos e 3.000 indiretos, ampliou esse compromisso ao envolver também seus fornecedores. “À medida que estabelecemos critérios e indicadores para cada um deles, estamos engajando-os na mesma proposta da empresa”, explica.

Beira Junior reforçou que engajar stakeholders vai além de identificar públicos em apresentações institucionais: exige comprometimento prático e parcerias estratégicas. Ele citou a aliança com a SOS Mata Atlântica, que resultou no plantio de 1,2 milhão de árvores, e o projeto Observando os Rios, que monitora a qualidade de 112 rios brasileiros desde 2015.

Durante a pandemia, a empresa mobilizou sua cadeia de fornecedores e área de P&D para, em apenas 72 horas, desenvolver uma alternativa ao álcool em gel, que estava em falta no país. Foram doados 3 milhões de frascos para hospitais e ONGs. “É só um exemplo de como é possível engajar quando existe uma causa real, uma causa que mobiliza”, diz o executivo.

O despertar das lideranças

Sonia Consiglio reforçou que o avanço da agenda ESG nas empresas passou por uma virada de chave: o entendimento das lideranças sobre o papel estratégico da sustentabilidade. “Nunca foi fácil, mas sempre foi possível”, diz. 

Para a especialista, o ESG deixou de ser tratado como algo marginal dentro das organizações. A pandemia acelerou essa mudança ao escancarar a interdependência entre saúde, meio ambiente e economia. “Estamos no momento de saber quem de fato entendeu que isso é estratégico e que, se não tiver ESG, não tem empresa, seja no curto, no médio ou no longo prazo.”

Sonia também destacou que o engajamento não depende apenas de grandes crises. Para mobilizar em torno de temas complexos, como a transição energética ou mudanças climáticas, é preciso comunicação clara e positiva. “As pessoas querem soluções e bons cases. E isso vale para empresas também. O caminho pode ser pelo amor, pela dor ou pela inteligência.”

Sustentabilidade é investimento, não custo

Ao longo do painel, destacou-se que ser uma empresa de impacto exige alocar recursos e tomar decisões estratégicas com base em valores sustentáveis. Beira Junior deu como exemplo a criação de uma tecnologia inédita no mundo para produção de sabão em pó a partir de biomassa, substituindo combustíveis fósseis, uma inovação ambiental e economicamente viável. 

“Quando a sustentabilidade é incorporada como forma de atuação, ela deixa de ser apenas mais um item a ser cumprido e passa a ser a base sobre a qual se constrói”, afirma.

A Ypê lançou recentemente a linha Green, com produtos veganos, feitos com plástico reciclado e desempenho equivalente às versões tradicionais. “O consumidor está mais atento, mais consciente. E tem o poder de mobilizar o mercado. Cabe a nós, empresas, corresponder à confiança colocada em nossas mãos”, completou o presidente da companhia.

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