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EUA não enviará representantes para a COP30, diz Casa Branca

De acordo com um funcionário da Casa Branca, o presidente Donald Trump já esclareceu a posição do governo sobre a ação climática em seu discurso na Assembleia Geral da ONU em setembro

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 31 de outubro de 2025 às 16h06.

Última atualização em 31 de outubro de 2025 às 16h16.

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Os Estados Unidos não enviarão nenhum funcionário de alto nível para 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em Belém. A confirmação foi feita por um funcionário da Casa Branca à agência Reuters.

O Brasil sediará uma cúpula de líderes de alto nível na próxima semana, antes das negociações climáticas da ONU, que acontecerão por duas semanas na cidade do Pará.

De acordo com o funcionário da Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já esclareceu a posição de seu governo sobre a ação climática em seu discurso na Assembleia Geral da ONU no mês passado, quando chamou a mudança climática de "a maior farsa" do mundo e criticou os países por adotarem políticas climáticas que, segundo ele, "custaram fortunas a seus países".

"O presidente está se engajando diretamente com líderes de todo o mundo em questões de energia, o que pode ser observado nos acordos comerciais e de paz históricos, com um foco significativo em parcerias energéticas", declarou o funcionário da Casa Branca à Reuters.

A decisão dos EUA vem acompanhada de outros posicionamentos diplomáticos. A maioria dos países da Organização Marítima Internacional (IMO) votou pelo adiamento, por um ano, da decisão sobre um preço global do carbono no transporte marítimo internacional.

Interesses comerciais

O governo Trump buscou acordos bilaterais de energia nas negociações comerciais para impulsionar as exportações de gás natural liquefeito (GNL) para países como Coreia do Sul e da União Europeia. Nesta sexta-feira, 31, o secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, declarou que há "espaço para um grande comércio de energia entre a China e os Estados Unidos", especialmente devido à necessidade de gás natural pela China, enquanto as duas potências econômicas negociam tarifas.

No início de seu mandato, Trump anunciou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima, que entrará em vigor em janeiro de 2026. Desde então, o Departamento de Estado tem revisado o engajamento dos EUA em acordos ambientais multilaterais.

Neste ano, os EUA também pressionaram países que estavam negociando um tratado global para reduzir a poluição plástico. O objetivo é não apoiar um acordo que estabelecerá limites para a produção de plástico.

O funcionário da Casa Branca ainda comentou que "a maré está virando" em relação à priorização das mudanças climáticas, citando um memorando divulgado recentemente por Bill Gates, bilionário e filantropo, que afirmou ser hora de abandonar a obsessão por metas globais de temperatura, destacando que as mudanças climáticas "não levarão ao fim da humanidade".

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