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Vibra e Svitzer iniciam projeto piloto de biodiesel no setor marítimo brasileiro

As empresas começaram em fevereiro deste ano uma operação que utiliza 20% de biodiesel no transporte de rebocadores, no Porto de Santos (SP)

Com a expansão do projeto, a meta é chegar a 30% do uso de biodiesel (Svitzer/Divulgação)

Com a expansão do projeto, a meta é chegar a 30% do uso de biodiesel (Svitzer/Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 5 de março de 2025 às 18h00.

Última atualização em 7 de março de 2025 às 11h10.

Uma parceria entre a Vibra, distribuidora de combustível e plataforma multienergia do país, e a Svitzer, companhia mundial de serviços de rebocadores, caminha rumo à descarbonização do setor marítimo.

Após mais de dois anos de estudos, as empresas começaram em fevereiro deste ano a operação do primeiro projeto piloto no Brasil que utiliza 20% de biodiesel para o transporte de rebocadores, no Porto de Santos (SP).

Estes se caracterizam por auxiliar no movimento, manobra ou reboque de outras embarcações e são bastante utilizadas no país em áreas portuárias e offshore (alto-mar), além de nas plataformas de petróleo. 

Atualmente, o setor marítimo é responsável por uma parcela significativa de emissões de gases estufa, especialmente pelo uso excessivo de combustíveis fósseis para mover embarcações a longas distâncias.

Para tocar o projeto, a Vibra recebeu autorização especial da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para comercializar diesel marítimo com até 30% de biodiesel.

Assim, se torna pioneira no fornecimento desse tipo de combustível limpo no país e recebeu uma certificação que assegura se o diesel utilizado atende aos padrões ambientais exigidos na União Europeia.

Juliano Prado, vice-presidente executivo de Comercial B2B e Aviação da Vibra, disse que a inovação e a sustentabilidade são pilares fundamentais para o futuro da energia. "Esta parceria com a Svitzer representa um marco importante para o setor marítimo e para a cadeia logística brasileira”, destacou.

De acordo com Daniel Cohen, presidente da Svitzer no Brasil,  a companhia já possui metas de reduzir em 50% a intensidade de CO2 de sua frota internacional até 2030 e planeja aumentar a utilização de biodiesel até atingir 30% da mistura nos rebocadores. “Este é um passo decisivo para a descarbonização e um avanço o significativo para oferecer soluções sustentáveis aos nossos clientes”, destacou.

Descarbonização

O projeto piloto faz parte de uma série de iniciativas que buscam liderar o setor marítimo para um futuro mais sustentável.

A Svitzer já implementou soluções de eletrificação em portos como Paranaguá e Salvador e outros portos, como Suape, também possuem iniciativas similares. Além disso, adota o uso de biocombustíveis em mercados como o Reino Unido e Dinamarca, com o uso de óleo vegetal hidrogenado, e a tendência é que essa prática se expanda para outras regiões nos próximos anos.

Embora o uso de biocombustíveis no setor ainda esteja em fase inicial no Brasil, as companhias ressaltam que é um convite para que toda cadeia portuária se una aos esforços de descarbonização.

A Vibra fornecerá à Svitzer misturas com diferentes teores de biodiesel, começando com baixos percentuais e aumentando gradualmente, à medida que o projeto avança. A meta é chegar até 30%  do uso do combustível menos poluente. 

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